O Ministério da Previdência Social divulgou nesta segunda-feira (10/2) o Relatório Gerencial de Previdência Complementar (RGPC), com informações consolidadas sobre as entidades abertas e fechadas ao final do 3º trimestre de 2024. As entidades fechadas terminaram o perÃodo com um superávit acumulado de R$ 791 milhões, contra um déficit acumulado de R$ 6,1 bilhões ao final do trimestre anterior, em junho.
O salto foi possÃvel graças ao novo ciclo de elevação das taxas de juros conduzido pelo Banco Central, que resultou em uma taxa Selic de 10,75% em setembro de 2024, influenciando positivamente as carteiras de renda fixa que representam cerca de 80% do portfólio do setor. Além disso, o Ibovespa saiu de uma performance negativa de -7,66% em junho para -1,8% em setembro, impactando positivamente as carteiras de renda variável, que representam 10,45% do setor.
Do total de 695 planos de benefÃcios das EFPC ao final do 3º trimestre, 437 operavam no positivo e acumulavam superávit de R$ 31,04 bilhões, enquanto outros 258 operavam no negativo e acumulavam um déficit de R$ 30,25 bilhões. O resultado financeiro do conjunto era positivo em R$ 791 milhões, segundo o RGPC.
A rentabilidade média das EFPC nos primeiros nove meses de 2024 foi de 5,4%, sendo de 5% nos planos BD, 6,1% nos planos CD e 5,7% nos planos CV. Já a rentabilidade média das EAPC foi de 4,1% nos planos coletivos e de 3,8% nos planos individuais. Num perÃodo de quase dez anos, entre janeiro de 2015 e setembro de 2024, as entidades fechadas renderam 167,6% enquanto as EAPCs tiveram uma rentabilidade de 121,1%.
O estudo aborda ainda informações sobre as populações das entidades abertas e fechadas, patrimônio, resultados, contribuições e resgates, benefÃcios pagos, custeio administrativo e rentabilidade dos planos, investimentos e previdência do servidor público. Para ver o estudo na Ãntegra, clique aqui
Painél EstatÃstico - Conforme informamos ontem citando os dados do Painél EstatÃstico da Previdência Complementar, o patrimônio dos dois sistemas somados atingiu R$ 2,91 trilhões em setembro, sendo R$ 1,60 trilhões das entidades abertas e R$ 1,31 trilhões das fechadas.
Na segmentação por classe de ativos, as abertas aplicavam 66,97% da sua carteira de investimentos em tÃtulos públicos federais, 28,17% em outros tipos de renda fixa, 3,9% em renda variável e 0,88% em outros investimentos. Já as fechadas alocavam 64,98% em tÃtulos públicos federais, 15,89% em outros tipos de renda fixa, 10,45% em renda variável, 2,72% em imóveis e 5,93% em outros ativos.
Na segmentação por tipo de planos, as abertas tinham 80,21% dos seus recursos em planos do tipo VGBL, 15,85% em planos PGBL e 3,92% em planos tradicionais. Já as fechadas tinham 56,80% dos recursos em planos de BenefÃcio Definido (BD), 14,53% em planos de Contribuição Definida (CD) e 28,67% em planos de Contribuição Variável (CV). Para ver na Ãntegra, clique aqui