Um total de 728 entidades votaram nessa eleição, em segundo turno, que elegeu os profissionais mais admirados dos segmentos de gestão de recursos, fundos de pensão e RPPS. Dos 728 votantes no segundo turno do Troféu Benchmark, 104 foram assets managements, 136 fundos de pensão, 461 RPPS e 27 consultorias e/ou escritórios de advocacia. Esse número representa uma votação ligeiramente inferior à do ao passado, quando votaram 741 instituições no segundo turno, das quais 98 assets, 131 fundos de pensão, 495 RPPS e 17 empresas de consultoria/advocacia.
Esse ligeiro declínio no número de votantes pode ser explicado pela redução do número de RPPS participantes, que veio de 495 no ano passado para 461 neste ano. Não é uma queda significativa, representa 6,9% dos votos do ano passado, e deve ser creditado às mudanças que tem ocorrido no segmento dos RPPS, onde vários institutos tem encerrado seus planos previdenciários ou substituído-os por planos financeiros. Além disso, o segmento tem sofrido também com a falta de repasses de recursos pelo ente, o que tem enfraquecido o sistema.
Embora o número de RPPS tenha caído ligeiramente, o número de assets, de fundos de pensão e de empresas de consultoria/advocacia aumentou. No caso das assets passou de 98 para 104, nos fundos de pensão de 131 para 136 e de empresas de consultoria/advocacia de 17 para 27. É uma demonstração da consolidação dessa premiação, iniciada no ano 2000 e interrompida por sete anos, entre 2006 e 2012. Foi retomada em 2013 e esta é sua 11ª edição.
Nas 20 categorias que disputaram este ano o Troféu Benchmark 2017, representando os profissionais que mais se destacaram nas áreas de investimento e previdenciária no ano passado, a disputa pelos votos dos eleitores foi quase sempre muito acirrada. Vários candidatos estão recebendo a premiação pela primeira vez, alguns pela segunda e outros já recebe essa premiação há várias edições. Isso é prova inequívoca do prestígio que gozam junto ao meio em que atuam.
O Troféu Benchmark, embora represente um prestígio para a entidade na qual o profissional trabalha, é uma conquista pessoal do profissional. A intenção da revista Investidor Institucional ao criar essa premiação em xxx foi ressaltar a importância do profissional e o reconhecimento do mercado à sua competência, capacidade e representatividade.
Critérios da eleição
A eleição para o troféu Benchmark é feita em dois turnos. Os três profissionais que mais pontuam na primeira votação vão para o segundo turno.
As empresas/ instituições só votam em categorias fora do seu segmento e diretamente relacionadas à sua atividade. Assets só votam em profissionais de fundações, de RPPS e em consultores/advogados; fundos de pensão só votam em profissionais de assets e em consultores/advogados; RPPS só votam em profissionais de assets e em consultores/advogados; consultores/advogados só votam em profissionais de assets, de fundações e de RPPS.
Cada instituição tem direito a um voto, tanto no primeiro quanto no segundo turno, com peso diferenciado segundo seu porte: peso 5 para as grandes, 3,5 para as médias e 2,5 para as pequenas (ver quadro ao lado).
No segundo turno, as indicações também tem pontuações difrenciadas: as indicações para o 1º lugar recebem 5 pontos, para o 2º lugar recebem 2 pontos e para 3º lugar recebem 1 ponto.
O peso do voto por segmento é ponderado dividindo-se o número 1000 (100 para consultorias/advogados) pelo número de votos do segmento. Nesta votação, o fator de ponderação das assets ficou em 9,61; dos fundos de pensão 7,35; dos RPPS 2,16; e das consultorias/advocacia 3,70.
TROFÉU BENCHMARK 2017 | ||
CATEGORIAS | TROFÉU BENCHMARK | MENÇÕES HONROSAS |
Dirigente de EFPC | Walter Mendes – Fundação Petros | Carlos Henrique Flory – SP-Prevcom ; Regidia Alvina Frantz – Previsc |
Profissional de investimentos de EFPC | Jorge Simino – Funcesp | Jair Ribeiro – Eletros e Keite Bianconi – Metrus |
Consultor de investimentos para EFPC | Guilherme Benites – Aditus | Everaldo Franca – PPS ; Raphael Santoro – Mercer |
Consultor atuarial para EFPC | Antônio Fernando Gazzoni – Mercer | Evandro Oliveira – Willis Towers ; Geraldo Magela – Prevue |
Advogado para EFPC | Matheus Corredato Rossi – Bocater Adv. | Adacir Reis – Reis, T. F. Adv. ; Aparecida Pagliarini – Pagliarini e M. Adv. |
Dirigente de RPPS | Sergio Miers – Ipreville Joinville | Jose Luiz Taborda Rauen – IPMC Curitiba ; Rui Sergio – Iprev Santos |
Profissional de investimentos de RPPS | José Marcos A. de Barros – Reciprev | André Kamizono – Igeprev Pará ; Regina Célia Dias – Iprev DF |
Consultor de investimentos para RPPS | Luis Felipe Afonso – Crédito e Mercado | Giovanna Dutra – Trinus Capital ; Ricardo Giovenardi – SMI Consultoria |
Consultor atuarial para RPPS | Pablo Bernardo Machado – BRPrev | Richard Dutzmann – ETA Atuarial ; Vinicius Alexandre Bietkoski – Actuary |
Advogado para RPPS | Claudia Fernanda Iten – Assimpasc | Mauro Branquinho – RPPS Brasil ; Rodrigo Saba Rodriguez – AGP Ass. |
Economista de asset | Eduardo Yuki – Santander Asset | Daniel Weeks – Garde Asset ; Newton Rosa – Sul America Invest. |
Gestor de renda fixa | Gilberto Kfouri Jr. – BNP Paribas Asset | Cal Constantino – Santander Asset ; Paulo Clini – Western Asset |
Gestor de renda variável | Luis Guedes – Bradesco Asset | José Zitelmann – BTG Pactual ; Leonardo Messer – Oceana |
Gestor de multimercados | Carlos Calabresi – Garde Asset | Carlos Woelz – Kapitalo ; Rogerio Xavier – SPX |
Gestor de FIDCs | Arturo Profili – Capitânia | Bruno Amadei – Integral ; Luis Fernando Conte – Tercon |
Gestor de FIPs | Alexandre Saigh – Pátria Investimentos | Cristiano Lauretti – Kinea ; Marcelo Sales – Copa Florestal |
Gestor de ativos imobiliários | Carlos Martins – Kinea | Reinaldo Lacerda – Votorantim Asset ; Regis Dallagnol – RB Capital |
Gestor de investimentos no exterior | Julio Callegari – JP Morgan | Luis Oliveira – Pimco ; Marcelo Marques Pacheco – BB DTVM |
Profissional de atendimento a EFPC | Eduardo Loverro – BNP Paribas Asset | Luiz Dabul – Western Asset ; Wellington Lanza – Itaú – Unibanco |
Profissional de atendimento a RPPS | Rogério Zico A. Almeida – AZ Legan | Bernardo Guimaraes – BTG Pactual ; Lauter Ferreira – XP Investimentos |
Dirigente de fundo de pensão
Walter Mendes
Presidente da Petros desde setembro de 2016, Walter Mendes passou o ano de 2017 com o desafio de reorganizar uma entidade que passava por diversos problemas de investimentos mal realizados em gestões anteriores, crise de imagem e falta de governança. Mendes conta que ao assumir a presidência da fundação já se deparou com a Operação Greenfield, da Polícia Federal, que investigava investimentos realizados pelas maiores entidades de previdência complementar fechada em Fundos de Participações (FIPs). “Tivemos que fazer um relacionamento com o Ministério Público Federal para criar um nível de confiança, mostrando que não tínhamos relação com os investimentos realizados no passado”, destaca.
Junto com uma diretoria totalmente nova, Mendes realizou um planejamento estratégico de curto prazo, estabelecendo metas e princípios para cada área, buscando maior profissionalismo na gestão. “Fiz a escolha dos diretores sem qualquer influência externa, seja política ou da patrocinadora. Com a diretoria estruturada, começamos a analisar as gerências e vimos que algumas pessoas não se enquadraram no processo de mudanças. Começamos a mudar isso e trouxemos pessoas do mercado”, explica Mendes.
Desde então, Mendes trabalha para que a entidade reforce sua atuação na área de risco, gestão dos ativos, melhorias no processo de terceirização e na estruturação de uma governança mais adequada.
Antes da Petros, Walter Mendes adquiriu experiência no mercado de investimentos atuando na Cultinvest Asset Management, no Itaú Unibanco e na Schroder.
Profissional de investimentos de fundo de pensão
Jorge Simino
O ano de 2017 para Fundação Cesp (Funcesp) foi colhendo frutos das decisões de investimentos tomadas em 2016. Segundo o diretor de investimentos da entidade, Jorge Simino, apesar da meta atuarial da fundação ter sido positiva por conta do indexador ser o IGP, que sofreu queda no final do ano, as decisões de alocação foram muito positivas. “O maior exemplo foi incremento em renda variável e multimercados, que performaram muito bem”, diz Simino.
Com perfil cauteloso, o diretor da Funcesp destaca que no início de 2018 o mercado exagerou no otimismo em termos de crescimento e desafios, o que fez com que a entidade vendesse suas posições em renda variável. “Quando olhávamos os preços e a conjuntura, vimos certa dose de otimismo exagerada. Nossa posição de renda variável estava em 14% e hoje é de 11%”, destaca Simino. Agora, o diretor avalia que o mercado tem sido mais pessimista, com projeções baixas para o crescimento, o que traz um compasso de espera para as fundações. “Esse pêndulo é típico do mercado, que nunca está em uma posição de equilíbrio. Em determinados momentos esse exagero adquire magnitudes que não se sustentam”, diz. Para os próximos meses, Simino não deve fazer grandes movimentos nas estratégias, aguardando o resultado das eleições para ver como o mercado, efetivamente, se comporta.
Jorge Simino é diretor de investimentos da Funcesp desde 2005, responsável pela administração de cerca de R$ 23 bilhões em patrimônio. Economista, foi diretor executivo do Unibanco Asset e sócio-diretor da MSConsult.
Consultor de investimentos para fundos de pensão
Guilherme Benites
Em 2017, as apostas dos institucionais estavam bastante direcionadas à diversificação dos ativos e à migração para investimentos de maior risco, relembra o consultor da Aditus, Guilherme Benites. Segundo ele, com a queda da taxa de juros no ano passado esse binômio era estratégico para alcançar as metas atuariais . Entretanto, desde a greve dos caminhoneiros, esse direcionamento mudou. “Os juros baixos permanecem, a inflação está baixa, mas a volatilidade que imaginávamos que ocorreria mais pra frente, apenas no período eleitoral, veio antes, já em maio, com a greve”, destaca.
Ainda que a turbulência tenha começado mais cedo, Benites avalia que a maior parte das entidades não mudou drasticamente a sua macroalocação ou visão para o futuro. “O que vimos mais recentemente são as aplicações em multimercados voltando para as NTN-Bs para garantir retorno de longo prazo, mas nenhuma entidade demandou forte revisão das políticas de investimento”, ressalta o consultor.
Benites destaca que o tema do momento nas consultorias aos fundos de pensão é a Resolução nº 4.661, do Conselho Monetário Nacional. “Temos conversado com as entidades e ainda estamos em um momento de digerir a lei”, analisa. Segundo o consultor, os fundos de pensão aguardam as parametrizações advindas com as regulações adicionais da Previc. “Estamos planejando o que será executado”.
Sócio da Aditus, onde atua desde 2011, Guilherme Benites é bacharel e mestre em Matemática Pura e doutor em Engenharia Elétrica pela USP e certificado FRM pela Global Association of Risk Professionals.
Consultor atuarial para fundos de pensão
Antônio Fernando Gazzoni
O consultor da Mercer, Antônio Fernando Gazzoni, acredita que apesar da estagnação pela qual passa o segmento de fundos de pensão, é inegável a necessidade do País de obter novas fontes de poupança interna. “O que vemos é uma falta de incentivos adequados do lado regulatório e fiscal. No último ano, o governo se conscientizou dessa situação e há vários movimentos em andamento”, destaca Gazzoni. Ele cita temas que vêm sendo debatidos pelos agentes do mercado de previdência complementar fechada, como o CNPJ por plano, que foca na independência patrimonial dos planos; o plano setorial, que deve fomentar o crescimento; a inscrição automática a entidades; e novas regras de solvência.
Gazzoni destaca que, embora o cenário eleitoral dos próximos meses possa desacelerar o ritmo dessas discussões, também abre espaço para que os candidatos avancem no debate desses temas. “O próprio Ministério da Fazenda tem realizado audiências públicas pedindo por novos modelos de previdência para que o próximo governo tenha visões mais claras sobre como devemos prosseguir nesse segmento”, diz o consultor.
Para os próximos anos, o desafio do setor está no cenário de juros e longevidade, e os impactos atuariais. O consultor ressalta que as entidades devem se ajustar a uma nova janela de rentabilidade.
Atuário e administrador de empresas, Antônio Fernando Gazzoni é diretor comercial da Mercer e diretor superintendente da MercerPrev. Trabalhou na Secretaria de Previdência Complementar (SPC, atual Previc), onde passou por diversas áreas.
Advogado para fundos de pensão
Matheus Corredato Rossi
Para o advogado da Bocater, Camargo, Costa e Silva, Rodrigues Advogados, Matheus Corredato Rossi, 2017 foi um ano marcado por demandas das fundações em relação a mudanças na regulação do setor, especialmente na parte de investimentos dessas entidades. A Previc e o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) divulgaram instruções e resoluções aumentando a fiscalização e exigências com o objetivo de melhorar as práticas de investimento dos fundos de pensão. “No final do ano passado tivemos a Instrução Previc nº 15, que estabeleceu medidas prudenciais e preventivas, destinadas à solidez das entidades”, destaca.
Também no final do ano passado, as entidades se depararam com a Resolução do CNPC 27, que revisou o escopo da auditoria externa e instituiu o comitê de auditoria para algumas fundações. “Essa medida também focou na gestão dos investimentos”, diz Rossi. “Mais recentemente, tivemos a Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 4.661. Isso traz uma mensagem clara sobre a necessidade de revisitar as rotinas de investimento das entidades”, ressalta. “Apoiamos os clientes na revisão de análise jurídica e do processo de investimento. Auxiliamos também no âmbito do monitoramento durante o prazo de investimento, com apoio nas tomadas de decisões”, diz Rossi.
Vencedor do prêmio pela primeira vez, Matheus Corredato Rossi é sócio do Bocater, Carmargo, Costa e Silva, Rodrigues Advogados. Foi advogado do Banco do Brasil e consultor jurídico adjunto da Previ, e atua como diretor jurídico do IBGC.
Dirigente de RPPS
Sergio Miers
Vencedor do Prêmio Benchmark na categoria Dirigente de RPPS, Sérgio Luiz Miers preside o Instituto de Previdência de Joinville (Ipreville), que em 2017, conseguiu superar a meta atuarial em mais de seis pontos percentuais, com a rentabilidade de R$ 250 milhões.
Desde 2013, a carteira de investimentos do Ipreville cresceu em mais de R$ 1 bilhão, atingindo a marca de R$ 2,17 bilhões em maio deste ano. “Daria para pagar aposentados pelos próximos 75 anos”, afirmou Miers. Segundo ele, atualmente, a proporção de segurados do instituto é de 3,7 servidores ativos para cada inativo.
O sucesso dos investimentos Miers atribui à gestão ativa da carteira. “A maioria dos institutos ainda não acordou para as possibilidades que se abrem ao fazer esse tipo de gestão”, declarou.
Na casa desde 2009, quando assumiu a gestão financeira do Ipreville, Miers contou que o Ipreville passou a dar mais atenção aos investimentos em 2013. “Antes não tinha foco no resultado. Então, a gente aprimorou a equipe na busca por resultados que garantissem a sustentabilidade do regime.”
Há pouco mais de um ano e meio na presidência do Ipreville, Miers acredita ter ganho o Prêmio Benchmark por “consequência” do trabalho que o RPPS tem feito e disse que, em 2017, sua atuação consistiu em participar mais de reuniões e eventos sobre previdência, além de buscar qualificar a equipe de gestão do instituto.
Bacharel em Administração de empresas e com MBA em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, Sérgio Miers teve passagens pelas Secretarias de Planejamento e de Assistência Social de Joinville antes de ingressar no Ipreville.
Profissional de investimentos de RPPS
José Marcos Alves de Barros
Responsável por gerenciar a carteira da Previdência do Município de Recife (Reciprev), José Marcos Alves de Barros conseguiu, em 2017, superar a meta atuarial em mais de 3% pelo segundo ano consecutivo. Desde que assumiu a função, em abril de 2013, o patrimônio aplicado da Reciprev quase triplicou, passando de R$ R$ 642 milhões para R$ 1,8 bilhão.
Para este ano, a aposta de José de Barros para bater a meta é o segmento de renda variável. Pela estratégia alvo, a expectativa é que esse tipo de investimento ocupe 21,57% da carteira. Em maio, 12,4% estava enquadrado em renda variável, sendo 6,58 em fundo de ações, com potencial de atingir até 12%, de acordo com a política de investimentos.
“Projetávamos um cenário muito complicado para 2018. Aí decidimos que a melhor opção era crescer em fundos de ações”, afirmou José de Barros.
Para José, o cenário ainda continua propício a esse tipo de investimento por parte dos RPPSs. “O preço de vários papéis na bolsa ficaram atrativos e esse é o momento de aproveitar. Mas, precisa ter em mente que o investimento é de longo prazo e é preciso diversificar. Em fundos de ações, eu tenho small caps, dividendos, governança e eles geram, de certo modo, um equilíbrio”, disse.
Com MBA em gestão de negócios e finanças corporativas, José de Barros trabalhou por 31 anos no Banco do Brasil antes de assumir a gerência de investimentos da Reciprev. No banco, exerceu funções como gerente geral de agências e órgãos e superintendente regional substituto.
Consultor de investimentos para RPPS
Luis Felipe Affonso
Especialista em finanças da Crédito & Mercado, o vencedor do Prêmio Benchmark pelo segundo ano onsecutivo, Luiz Felipe Affonso, avalia que, com a redução da taxa Selic, os RPPS não têm como fugir da diversificação da carteira de investimentos.
“É inquestionável a necessidade de renda variável. Porém, não podemos esquecer que uma parcela significativa dos recursos do RPPS tem que ser aplicado em renda fixa. Então, a qualidade de diversificação também passa por estruturar a melhor carteira”, afirmou Luiz Felipe Affonso.
Apesar do cenário “mais desafiador”, Affonso acredita que seus clientes RPPSs têm feito uma gestão ativa e observado as necessidade de curto, médio e longo prazo.
“É gratificante notar como o segmento evoluiu nos últimos anos, como todo investimento e empenho em qualificação pessoal e profissional deste público têm resultado direto em suas gestões”, declarou
Na visão de Affonso, a forma leve e objetiva que busca abordar os temas nas reuniões com gestores de regimes próprios foi o que o fez levar o Prêmio Benchmark novamente. “O cliente não precisa de jargões e nem tantos termos técnicos, o conselho e o comitê precisam, ao sair da reunião, sentir segurança e tranquilidade em tudo que foi ouvido, discutido e decidido”, disse.
Há mais de oito anos no setor de RPPSs, Luiz Felipe Affonso já desenvolveu projetos educacionais para conselheiros do ramo e foi consultor de investimentos de uma carteira com mais de 80 regimes próprios. Desde 2014, compõe a diretoria da Crédito & Mercado.
Consultor atuarial para RPPS
Pablo Bernardo Machado
O conceito de fazer apenas um cálculo atuarial por ano, como acontece hoje nos institutos de previdência, precisa mudar na opinião de Pablo Bernardo Machado, sócio e consultor da BRPrev Atuários. “Tem município que dá 15% de aumento para os servidores sem consultar o atuarial e só vai saber o impacto disso no plano de previdência no próximo cálculo atuarial”, criticou Machado.
No entanto, para o atuário, essa realidade deve ser alterada com as mudanças que estão para serem feitas na portaria que normatiza as avaliações atuariais dos regimes próprios. “O mesmo papel que o consultor de investimento tem de assessoramento mensal, o atuário também precisa ter”, afirmou.
Machado também acredita que o diálogo sobre as mudanças previstas deve ser beneficiado com as recentes associações de consultorias atuariais à Acinprev (Associação das Consultorias de Investimento e Previdência), que não abrangia a categoria.
“Está sendo exigido estudo de ALM e solvência. Então, o consultor de investimento é responsável pelo ativo financeiro e o atuário pelo passivo, e no estudo de ALM faço o casamento do passivo com o ativo. Portanto, o atuário vai ter que começar a conversar com o consultor de investimentos. Isso não existe ainda. Toda essa mudança que está para vir, vamos discutir na Acinprev”, explicou.
Graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em Ciências Atuariais em 2010, Pablo Bernardo Machado trabalhou na Fardin Consultoria Atuarial antes de se tornar sócio da BRPrev Atuários, em 2013.
Advogada para RPPS
Claudia Fernanda Iten
É com “preocupação” que Cláudia Fernanda Iten, vê o aumento da judicialização de Certificados de Regularidade Previdenciária (CRP). “À medida que esse número cresce, a efetividade de obrigações e sanções, bem como a autoridade dos órgãos fiscalizadores, são reduzidas e a conseqüência disso é a fragilidade do RPPS”, afirmou.
Apesar de considerar “duros” os efeitos da não obtenção do CRP, por atingir os munícipes, a advogada defende sua obrigatoriedade. “Com a cultura equivocada da maioria dos governantes de pensar na previdência pública só no presente, as ‘penalizações’ são necessárias para garantir a sobrevivência dos regimes.”
Segundo ela, no entanto, a facilidade que se tem para obter o documento na justiça, de certa forma, tem desestimulado os regimes próprios a seguirem as normas da Secretaria da Previdência (SPREV).
“Quanto mais órgãos orientadores e fiscalizadores melhor. Penso que o caminho não é outro senão a aproximação cada vez maior da SPREV com os Tribunais de Contas propiciando o diálogo, a educação continuada e uma base legal firme”, disse.
Assessora jurídica da Associação dos Institutos de Previdência de Santa Catarina (ASSIMPASC) desde 2004, onde atende RPPSs de municípios catarinenses, Cláudia Iten venceu o Prêmio Benchmark em 2016 e, em 2015, ficou em 2º lugar.
“O trabalho realizado pela ASSIMPASC tem valido muito a pena. Semestre passado Santa Catarina ficou em 1º lugar dos Estados no indicador situação previdenciária, que avalia RPPSs de cada ente. Neste semestre Santa Catarina ficou em 2º lugar, mas continua liderando o quesito transparência.”
Economista de asset
Eduardo Yuki
Entre o conjunto de fatores que impactou negativamente a confiança do empresariado em meados deste ano e fez com que a incipiente recuperação econômica que se notava até abril fosse interrompida, a greve dos caminhoneiros foi o mais significativo. O movimento contra o aumento dos preços do diesel e pela adoção de preços mínimos para fretes, que paralisou o país por 10 dias, provocou efeitos negativos em vários indicadores econômicos e postergou o processo de recuperação econômica provavelmente para o ano que vem.
Além da greve dos caminhoneiros, também contribuíram para minar a confiança do empresariado o abandono das reformas, principalmente a previdenciária, pelo governo Temer. Internacionalmente, também deve ser considerado o impacto negativo que o aumento das taxas de juros americanas provocou nas economias dos países em desenvolvimento, assim como a divulgação pela China de indicadores que vieram mais fracos do que se esperava, apontando para um crescimento mais baixo do PIB naquele país.
Para o economista chefe do Santander Asset Management, Eduardo Yuki, a incerteza econômica deve permanecer até a posse do novo governo brasileiro, em janeiro do ano que vem. Ele acredita que qualquer que seja o próximo presidente eleito, terá que encaminhar as reformas econômicas que o País precisa. “Os focos podem ser diferentes, mas qualquer um terá que encaminhá-las”, afirma.
Yuki ganha o Troféu Benchmark pela 5ª vez seguida. Economista formado pela Unicamp, Yuki estava na asset do BNP Paribas até junho deste ano, quando trocou a gestora francesa pela asset do Santander.
Gestor de renda fixa
Gilberto Kfouri Jr.
O gestor de renda fixa da BNP Paribas Asset Management, Gilberto Kfouri, eleito o melhor em sua categoria pelos leitores da revista Investidor Institucional, destaca que diante do ambiente de alta volatilidade esperado para os próximos meses optou por reduzir o risco do portfólio, ao menos até termos a definição do próximo presidente da República com as eleições em outubro. “Estamos trabalhando com posições e duration menores, mas ainda com algum risco acima do benchmark nas carteiras”, explica o especialista. Embora reconheça que o ambiente de curto prazo seja desafiador, na avaliação do gestor o prêmio de risco hoje embutido no mercado está acima do que considera um patamar justo.
Kfouri diz ainda que, caso um candidato que não demonstre durante o período de campanha comprometimento com o “necessário ajuste fiscal”, é provável que o prêmio no mercado de juros futuros, que já se encontra em patamar elevado desde meados de abril, suba ainda mais. “Já tivemos uma reprecificação dos ativos no mercado com a greve dos caminhoneiros e talvez tenhamos outra após as eleições, mas depois desse evento o mercado deve voltar a operar com menores níveis de volatilidade”, afirma Kfouri.
O gestor está no mercado de assets há 27 anos, tendo iniciado sua trajetória em 1991 no CCF, onde ficou até 2000, quando foi para sua primeira passagem no BNP Paribas, entre 2000 e 2011, tendo a responsabilidade por toda área de gestão de investimentos no período. Mudou para a Schroders, onde ficou de 2011 a 2013, e voltou há cinco anos para o BNP Paribas como gestor responsável pela renda fixa.
Gestor de renda variável
Luis Guedes
Com o cenário econômico pressionado por notícias ruins no primeiro semestre do ano, entre os quais a greve dos caminhoneiros, revisões para baixo do PIB e ensaios de guerra comercial entre Estados Unidos e China, o mercado de ações não poderia ficar imune. No acumulado de seis meses encerrado em junho o Ibovespa perdeu 6,07%, entregando praticamente todos os ganhos que vinha acumulando até abril, quando estava positivo em 12,71%.
Operar nesse mercado de grande volatilidade, em parte pelas razões acima expostas e cumulativamente pela incerteza das próximas eleições presidenciais, quando as chances dos principais candidatos são tão desconhecidas como suas idéias, representa um desafio para os gestores de renda variável. Para o gestor da Bram – Bradesco Asset Management, Luis Guedes, que foi eleito pela segunda vez como o melhor profissional de renda variável os desafios não são diferentes. Ele está à frente de carteiras que somam quase R$ 20 bilhões em ações no Brasil e exterior, dos R$ 689 bilhões em ativos sob gestão pela Bram ao final do ano passado segundo o último ranking Top Asset.
Guedes está na Bram desde 2008, onde ingressou como responsável pela gestão de fundos institucionais e assumindo posteriormente a gestão de fundos de renda variável. Antes da Bram, o especialista trabalhou no fundo de pensão da Eletrobrás, como gerente de investimentos, administrador de carteiras e analista de Investimentos. Ele é formado em administração de empresas pela UFRJ, possui MBA em finanças e mestrado em economia pelo IBMEC.
Gestor de multimercados
Carlos Calabresi
O sócio da Garde Asset, Carlos Calabresi, eleito o melhor gestor de multimercados, destaca que o ambiente de elevada volatilidade esperado para o segundo semestre, por conta da indefinição eleitoral no Brasil, da alta dos juros americanos e da iminência de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China, tem levado a mudanças das estratégias da casa. Segundo ele, as tomadas de posições passaram a ser menores e de natureza mais tática.
“Na Garde, sempre focamos em uma gestão baseada na consistência dos resultados e com uma volatilidade baixa. Este ano está sendo mais desafiador, porque o nível de volatilidade do mercado aumentou bastante e estamos sendo obrigados a promover algumas adaptações na carteira”, afirma o especialista. Ele acrescenta que, apesar do aumento do risco, a gestora conseguiu manter a volatilidade de seus fundos em níveis adequados, o que acredita ter sido fator importante para ter seu nome lembrado pelos leitores na votação do prêmio.
Calabresi destaca ainda que cenários de volatilidade elevada podem ser benéficos para gestores de multimercados, uma vez que ocorrem distorções nos preços dos ativos que podem ser aproveitadas pelos especialistas, seja via posições compradas ou vendidas.
Antes da estruturação da Garde no ano de 2013, onde ocupa o cargo de CIO, responsável pela gestão de aproximadamente R$ 8 bilhões em recursos, Calabresi esteve por treze anos no BNP Paribas, onde era vice-presidente executivo. Antes do BNP Paribas, ele foi vice-presidente do Banco CCF Brasil, onde ficou de 1987 até 2000.
Gestor de FIDCs
Arturo Profili
O sócio-fundador da Capitânia, Arturo Profili, foi novamente eleito pelos leitores da Investidor Institucional como o melhor gestor de FIDCs do mercado. Profili já havia conquistado o prêmio nas últimas duas edições.
“A equipe de gestão da Capitânia está otimista com o mercado de crédito, uma vez que as empresas fizeram ajustes estruturais importantes nos últimos anos e estão mais sólidas. A taxa de juros mais baixa contribui muito nesta melhora”, escreveram os gestores da Capitânia à Investidor Institucional. Em relatório sobre o mercado referente ao mês de junho de 2018, os gestores da asset escreveram que, diante do ambiente de elevada volatilidade esperado à frente, principalmente por conta de um cenário externo menos benigno para os emergentes, “nosso banqueiro central terá que ser um maestro para deter o dólar próximo dos generosos R$ 4, ancorar expectativas de inflação e conter juros reais abaixo de 2% a.a. – efetuando o proverbial pouso suave do ônibus espacial no porta-aviões. Mas a chance existe”.
Na Capitânia Profili é responsável pelo desenvolvimento e gestão de fundos de investimento focados em ativos de renda fixa, crédito estruturado e securitização. Ele atuou junto ao Bank of America entre 1999 e 2003, e no ING Barings Bank de 1996 a 1999, participando da implementação das áreas de vendas e estruturação de produtos de tesouraria, sempre focado no atendimento a grandes empresas e investidores institucionais locais e internacionais. Profili é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e especializado em finanças pela NY University, e foi membro de diversos comitês na Anbima.
Gestor de FIPs
Alexandre Saigh
O sócio-fundador do Pátria Investimentos, Alexandre Saigh, venceu pela terceira vez consecutiva o prêmio da Investidor Institucional como melhor gestor de fundos de investimento em participações (FIP) do mercado. Na avaliação do especialista, as eleições presidenciais de outubro, que seguem com um grau elevado de indefinição quanto aos favoritos, devem pautar a agenda econômica e também a do mercado nos próximos meses. “Por isso, acho que os esforços de captações dos FIPs devem ser afetados pelo quadro das eleições, e o mesmo deve ocorrer com os novos investimentos e desinvestimentos dos fundos”, afirma Saigh.
Na sua opinião, também gestores e investidores estratégicos devem esperar até haver uma definição mais clara do quadro eleitoral a partir do próximo ano antes de tomarem suas decisões de investimento.
O executivo iniciou sua trajetória no Pátria em 1994, quando entrou no então Banco Patrimônio, já como sócio responsável pelo desenvolvimento e pela execução das atividades de private equity. Na época a instituição realizou sua primeira compra da asset nesse segmento do mercado, com a aquisição da rede de farmácias Drogasil. Saigh atuou como diretor financeiro e presidente da Drogasil de 1994 a 1997. Antes do Banco Patrimônio, que passou a ter a atual denominação em 2003, o executivo foi vice-presidente do banco de investimento JP Morgan, de 1989 a 1994, onde era o responsável pela áreas de private equity, corporate finance e M&A. Saigh é bacharel em gestão financeira pela Boston University, com pós-gradução em economia em Harvard.
Gestor de ativos imobiliários
Carlos Martins
O gestor de ativos imobiliários da Kinea, Carlos Martins, foi o nome mais votado pelos leitores da revista na categoria gestor de ativos imobiliários. Ele credita a conquista ao trabalho realizado nos últimos dois anos, em um ambiente difícil para o mercado diante da recessão econômica. “Apesar de todo estresse que tivemos no passado recente conseguimos entregar o que foi proposto aos investidores em seus mandatos, graças a uma equipe com cerca de 20 profissionais que combina disciplina financeira com conhecimento imobiliário”, afirma Martins. Segundo ele, a boa performance apresentada pelos fundos imobiliários da casa fez com que essa ampliasse sua participação de mercado.
Nesse período, prossegue Martins, o foco dos gestores da Kinea foi trabalhar pela preservação de capital dos clientes, privilegiando uma carteira imobiliária diversificada e com ativos de boa qualidade, de diferentes naturezas, que respondem de maneira distinta às mudanças no cenário macroeconômico.
“Os investidores que têm se interessado pelo mercado imobiliário geralmente estão em busca de geração de renda, e montamos nosso portfólio com ativos que acreditávamos que poderiam fazer isso mesmo em momentos de estresse”, afirma Martins, que é sócio fundador da Kinea. Ele atua na área imobiliária desde 2007 sendo responsável pela gestão de recursos, relacionamento com investidores e captação e originação de negócios. Anteriormente, trabalhou no BankBoston onde passou pelas áreas de crédito, operações internacionais e structured & corporate finance.
Gestor de investimentos no exterior
Julio Callegari
Eleito como o melhor gestor de investimentos no exterior, Julio Callegari, do JP Morgan, está trocando o Brasil por Hong Kong onde passará a trabalhar após regressar de suas férias. A mudança é consequência da decisão da asset americana, anunciada em dezembro de 2017, de transferir para o Santander a gestão de seus fundos locais, entre os quais os que estavam sob a responsabilidade de Callegari.
O executivo respondia pela gestão de renda fixa do JP Morgan desde 2011 e já havia conquistado no ano passado o troféu benchmark de melhor gestor de investimentos fora do País. Na ocasião, ele destacou as oportunidades que enxergava para as estratégias de investimento no exterior, principalmente em ativos de crédito de companhias brasileiras e latinoamericanas, participando de um mercado com muito mais liquidez na comparação com o giro local.
“Mesmo para o investidor que não quer correr o risco da moeda, a diversificação com o investimento no exterior também faz sentido, principalmente no caso do crédito em outros países, que têm mais liquidez e mais prêmio em relação ao CDI”, afirmou Callegari em entrevista dada a esta revista na época.
Antes de assumir a renda fixa da JP Morgan Asset no país, Callegari atuou por sete anos como estrategista e economista assessorando a área de tesouraria do banco JP Morgan nas operações para Brasil, Colômbia e Peru. Antes de entrar no JP, ele trabalhou como economista em empresas de consultoria com foco em pesquisa econômica.
Profissional de atendimento a fundos de pensão
Eduardo Loverro
Num cenário de taxa de juros em queda, os fundos de pensão começaram um movimento de diversificação de suas carteiras no ano passado a fim de obter retornos diferenciados. Esse movimento gerou oportunidades às áreas comerciais das assets, conta o head de vendas para institucionais do BNP Paribas Asset Management, Eduardo Loverro.
Vencedor do prêmio como melhor profissional de atendimento a fundos de pensão, Loverro se deparou com oportunidade de ofertar produtos de mais risco a um mercado que anteriormente estava estagnado em renda fixa. “Dado que só com a taxa de juros não seria mais possível alcançar as metas atuariais, os fundos de pensão começaram a buscar estratégias diferenciadas como fundos de ações, multimercados e crédito privado”, destaca.
Para 2018, a perspectiva já mudou um pouco, conta Loverro. A partir de maio deste ano houve uma aversão a risco maior por parte dos clientes, tanto no mercado local, abalado pela greve dos caminhoneiros, quanto no exterior, com maior volatilidade em função da alta dos juros dos Estados Unidos e pela tensão geopolítica. “Tudo isso fez com que a perspectiva de mais diversificação tenha um cuidado maior. O aumento das taxas de juros no mercado futuro levou os clientes a comprarem NTN-Bs”, ressalta. Nesse momento, o mercado está em compasso de espera.
No BNP Paribas Asset Management desde 2001, Eduardo Loverro atua há mais de 20 anos no mercado financeiro, com passagens pelo banco Itaú de Investimentos e pela Lloyds Asset Management.
Profissional de atendimento a RPPS
Rogério Zico A. Almeida
Na visão de Zico, é notável o aumento do profissionalismo entre gestores de regimes próprios nos últimos anos. Entre as principais melhorias do setor, o institutional sales da AZ Legan elenca o aperfeiçoamento dos controles internos e das análises de investimento.
Segundo Zico, parte desse desenvolvimento se deve à maior fiscalização. “Há mais atuação da Secretaria de Previdência, da CVM e até da Ambima com relação às assets que atendem ao setor. Isso tudo tem inibido as aplicação de altíssimo risco que RPPSs fizeram no passado”, afirmou.
Apesar da evolução, Zico avaliou que parte dos regimes próprios tem sofrido dificuldade para se enquadrar nas exigências do programa Pró-Gestão, que entrou em vigor neste ano. “Alguns, principalmente os menores, não sabem nem por onde começar.”
Para Zico, a falta de recursos é o principal limitante para RPPS pequenos atenderem às exigências do programa. “Para muitos, falta estrutura. A necessidade de implantação de processos e pessoal tem dificultado bastante. Tem RPPS que só uma pessoa cuida de toda a estrutura.”
Para ser mais uma vez eleito vencedor do Prêmio Benchmark, Rogério Zico acredita que a transparência com que atende os RPPSs foi fundamental. “A primeira coisa é mostrar para o cliente o que ele está comprando e, com isso, você gera uma certa tranquilidade com relação à volatilidade do mercado de ações”, disse.
Com quase 30 anos de experiência no mercado financeiro, ao longo de sua carreira, Zico trabalhou em mesa de operações, área comercial e back office.