José Alberto Diniz | Melhor Estrategista de ativos imobiliários

José Diniz, da Rio BravoEdição 266

O gestor José Diniz, da Rio Bravo, não tem encontrado facilidade para navegar no mercado de fundos imobiliários nos últimos meses. Após o tombo de 12,6% do IFIX em 2013, o início de 2014 também não foi fácil para os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), que até meados de fevereiro já acumulavam uma queda próxima aos 10% no ano. Nesse momento, o valor das cotas no mercado secundário, em relação ao valor do laudo de avaliação, resultava em um deságio de aproximadamente 30%. “Quando isso ocorreu, os investidores perceberam que o movimento foi exagerado, que foi uma reação excessivamente emocional, e houve uma reversão da expectativa”, diz José Diniz, que é diretor da área de fundos imobiliários da Rio Bravo e foi premiado com o Trofeu Benchmark como melhor estrategista da área.

A partir daí, o IFIX entrou em uma rota ascendente, o que o fez encerrar setembro com uma alta no ano de 3,5%. Quando isso ocorreu, a defasagem do preço da cota no mercado secundário ante o preço do laudo de avaliação ainda era de 20%.Entretanto, com a retomada do ciclo de aperto monetário, o IFIX também voltou a sofrer, caiu em novembro, e opera no ano com uma queda entre 1% e 2%. Com isso, o deságio entre valor de mercado/laudo de avaliação está ao redor dos 25%.
Essa nova queda do IFIX, entende Diniz, não foi ocasionada por uma piora nos fundamentos desse mercado, mas sim por conta da alta da Selic, e das incertezas quanto ao rumo da economia em 2015.
Entre os fundos de lajes de corporativas, a vacância média do mercado está na casa dos 11%, enquanto entre os fundos da Rio Bravo fica perto de 1%, uma das razões pela qual o diretor acredita ter sido o mais lembrado na votação do Troféu Benchmark. Antes de entrar na Rio Bravo, Diniz foi presidente de uma das divisões do Grupo Camargo Corrêa, e vice-presidente financeiro da Andrade Gutierrez.
Para 2015, a nomeação da nova equipe econômica, fala o diretor, pode levar a um combate mais duro da inflação, e a uma queda na curva de juros futuros.