Edição 162
BB DTVM aumenta em 44,4% volume de recursos da previdência da União, estados e municípios; Caixa encosta com alta de 25,4%
Após a publicação da Resolução 3.244, em outubro do ano passado – que dispõe sobre as aplicações dos recursos dos regimes próprios –, este setor deu um salto surpreendente. Em relação a todos os clientes, a previdência dos servidores da União, estados e municípios ainda representa uma ínfima fatia, de 0,91%, mas em termos de volume o crescimento foi superior a 40%, sendo que no Top Asset anterior, referente a dezembro, o setor havia perdido 5,44% em relação a junho de 2004.
O único fator que continuou igual foi a colocação do primeiro e segundo lugares: Banco do Brasil DTVM e Caixa Econômica Federal, respectivamente. Mas a disputa ficou mais acirrada pelos recursos dos regimes próprios de estados e municípios. Em seis meses, o BB cresceu 44,4% e a Caixa 25,4%. Para ambos, o segmento tem sido visto com atenção redobrada. Na Caixa, por exemplo, a superintendente nacional de produto para ativos de terceiros, Fátima Abreu, informa que o banco tem focado neste setor a partir de treinamentos e lançamento de produtos voltados exclusivamente para este público.
Enquanto a DTVM do BB marcou em junho R$ 3,0 bilhões sob sua gestão em recursos de regimes próprios, a Caixa ficou com R$ 1,9 bilhão. Vale destacar no ranking, o crescimento da asset do HSBC, haja vista que no levantamento de dezembro a instituição sequer aparecia entre as dez maiores. Em junho, entretanto, estava em sétimo, com R$ 79,3 milhões. Já a asset do ABN caiu um pouco (4,62%), passando para o quarto lugar, com R$ 600,2 bilhões. Na seqüência, o Itaú permaneceu em quinto lugar, com alta de 30%, para R$ 130 milhões.
Já a Banrisul pulou da oitava colocação nesta categoria, em dezembro, para a sexta em junho último. O volume administrado por ela em regimes próprios passou de R$ 54,3 milhões para
R$ 93,9 milhões, uma alta de 72,9%. Após a sétima colocação do HSBC ficou a Fator Administração de Recursos, com R$ 70,2 milhões. No Top Asset de dezembro, ela aparecia na sétima colocação, com R$ 61,0 milhões (ganho de 15,08%).
Na nona posição ficou a DTVM do Banestes, que perdeu R$ 16 milhões em recursos de regimes próprios na comparação dos períodos e encerrou junho com R$ 51 milhões. A última colocação ficou com a Unibanco Asset Management (UAM), com R$ 28,7 milhões, ante os
R$ 53,2 milhões do final do ano passado. Isto significou um recuo de 46,05%. No ano passado a posição era da SulAmérica Investimentos que, em junho, sequer aparece entre os dez maiores nesta categoria.
“A BB DTVM tem uma estratégia comercial forte também para este setor e estamos colhendo os resultados desta eficiência e também dos profissionais que temos focados nesta área”, diz o presidente da BB DTVM, Nelson Rocha Augusto. A área de regimes próprios foi uma das cinco categorias de clientes em que a BB DTVM ficou na primeira colocação. Para o executivo, cinco fatores justificaram o crescimento da instituição na gestão de recursos de terceiros: equilíbrio macroeconômico, adaptação às novas legislações do setor, foco na administração de recursos; capilaridade do Banco do Brasil e bons resultados na gestão das carteiras.