Edição 162
Líder em clientes private, Itaú permanece atrás do Banco do Brasil no ranking de fundos de pensão por causa dos recursos da Previ
Embora a gestão de recursos de clientes private (aqueles que têm aplicações acima de R$ 1 milhão) só ocupe 13% de sua carteira total, o Itaú chegou a junho de 2005 pelo ranking Top Asset com quase a soma dos recursos dos dois próximos colocados. Foi de R$ 12,1 bilhões em dezembro de 2004 para R$ 13,7 bilhões em junho.
A Hedging-Griffo, que atua quase exclusivamen-te nesse segmento, também foi bem – a porcentagem que era de 84,1% destes recursos em relação a sua carteira total passou a 91,9%. Chegou a R$ 8,0 bilhões, ante R$ 7,0 bilhões do levantamento anterior, com elevação de 14,15%. Boa performance teve também a Unibanco Asset Management (UAM), que passou de R$ 4,9 bilhões para R$ 5,9 bilhões, com elevação porcentual destes recursos na sua carteira total de 14,9% para 17%.
O Itaú fala de sua estratégia como algo focado na qualidade dos clientes e dos empregados. Numa ponta, tornou-se mais seletivo quanto aos clientes private e aumentou o mínimo necessário para R$ 3 milhões. Na outra, consolidou suas três prioridades: vender uma marca que transmita seriedade e confiança; oferecer carteira de produtos bastante competitiva, em arquitetura aberta, com a venda de produtos de outros bancos; e formar a melhor equipe de gerentes de contas do mercado. “Quando o cliente nos procura, percebe logo que visamos sua necessidade e não apenas o interesse em vender algo do banco, de forma tendenciosa”, informa o diretor da área de private do banco, Lywall Salles.
Fundos de pensão – Apesar de ter a liderança no setor de fundos de pensão, a BB DTVM é considerada uma concorrente “hour concour”, por administrar a maior parte dos recursos da poderosa Previ, dos funcionários do Banco do Brasil. Assim, a posição de segundo colocado é sempre muito valorizada, pois representa a disputa entre os gestores privados, na qual o Itaú tem marcado a liderança há vários anos.
Com R$ 22,6 bilhões provenientes dos fundos de pensão, o Itaú cresceu apenas R$ 100 milhões nesse segmento em seis meses. Em relação ao volume total de recursos do Itaú, a participação das fundações caiu de 22,8% para 21,5% no mesmo período.
Para o diretor de produtos de investimentos do Itaú, Alexandre Zákia, o setor de fundos de pensão tem crescido pouco e devagar, mais em função da valorização dos ativos. Ou seja, a migração acontece muito mais de um gestor para o outro do que pela entrada de novos clientes. Por ser um mercado mais maduro, tudo depende da competitividade relativa dos administradores de recursos. “A gente consegue ampliar os negócios por ter um tripé muito sólido”. Ou seja, atendimento próximo do investidor, performance competitiva e bons preços.