Inversão de posições entre Bradesco e Itaú | Segmento registrou l...

Edição 114

O mercado de administração de recursos provenientes de seguradoras sofreu leve queda nos últimos seis meses encerrados em 31 de dezembro do ano passado, caindo de R$ 13,96 bilhões para R$ 12,37 bilhões, e uma conseqüente redução da participação no total de recursos administrados, de 3,4% para 2,9%. A Bradesco Asset Management – BRAM retomou a dianteira entre os maiores gestores de recursos de seguradoras, posição perdida para o Itaú no ranking anterior.
A BRAM totalizou R$ 1,96 bilhão, contra R$ 1,89 bilhão em seu poder seis meses antes. Aproveitar as oportunidades que têm aparecido no mercado tem sido o grande fomentador dos negócios da BRAM, segundo o diretor comercial da BRAM, José Roberto Castro Santos, mas “sempre dentro de uma orientação do acionista”. “E contamos com a eficiência do banco na comercialização dos produtos, oferecendo uma rentabilidade que atenda às metas dos clientes”, diz Santos.
Comparativamente ao desaquecimento do mercado como um todo, a redução foi mais significativa na carteira do Itaú, que registrava R$ 2,05 bilhões em 30 de junho e no levantamento de 31 de dezembro contabilizou R$ 1,55 bilhão. Em participação, saiu de 4,5% para 3%. A Sul América Investimentos, que ocupava a terceira posição em volume no ranking anterior, perdeu duas posições e igualmente reduziu o montante administrado – de R$ 1,28 bilhão para R$ 951,3 milhões. A representatividade caiu de 34,6% para 29,1%, mas ainda assim a área é bastante representativa nos seus negócios como um todo, o que a mantém na terceira posição entre as mais focadas.
O HSBC Brain, 4º em volume há seis meses, não figurou neste levantamento. O Unibanco Asset Management – UAM pulou de 5º para 3º posição, com R$ 1,19 bilhão oriundos do ramo de seguros. A Caixa, que incrementou sua carteira de R$ 949 milhões para R$ 1,011 bilhão, subiu duas posições, passando a ocupar a quarta posição entre os maiores no segmento.
Entre os mais focados, também registra-se troca de posições entre os dois primeiros. A Portopar DTVM superou a AGF, saindo de um share de 61% para 68,7%, com R$ 567,4 milhões. Ela administra metade dos recursos da Cia. de Seguros Gerais – principal seguradora do grupo Porto Seguro. “Não temos como estratégia captar recursos de outras seguradoras. Queremos, sim, fortalecer a gestão de recursos das seguradoras do grupo e, adicionalmente, incrementar a área de Vida e Previdência, através de planos tradicionais ou de PGBLs, inclusive com o lançamento do nosso VGBL”, adianta o diretor Aristeu Zanúncio.
A vice-líder AGF perdeu a posição e reduziu os negócios na área, de R$ 667 milhões para R$ 641 milhões. A participação caiu de 68,6% para 51,4%. A Sumitomo, em quarto (atrás da Sul América), engordou a carteira de R$ 25 milhões para R$ 30 milhões. A Mercatto é a surpresa deste ranking, e passa a figurar com 12,8% dos recursos oriundos de empresas seguradoras, um total de R$ 72,5 milhões.