BankBoston surpreende e assume como vice

Edição 161

Instituição sequer apareceu nos 25 melhores fundos do ano passado e agora alcança a Instituição sequer apareceu nos 25 melhores fundos do ano passado e agora alcança a segunda colocação do ranking da RiskOffice, com 13 fundos considerados excelentes

Embora o Unibanco tenha se consolidado como primeiro colocado na nova pesquisa da consultoria RiskOffice sobre fundos de investimentos voltados para clientes institucionais, não há como deixar de destacar a surpreendente ascensão do BankBoston no ranking. O banco aparece no período de junho de 2004 a junho deste ano em segundo lugar, sendo que sequer foi citado no levantamento anterior entre as 25 instituições com administração de fundos para institucionais que receberam sinal verde – aqueles cuja gestão foi considerada excelente.
O sócio-gerente do BankBoston, Charles Ferraz, diz que a pesquisa não lhe causa surpresa. Pelo contrário, acredita que seu banco já deveria ter aparecido na anterior, por causa de seu esforço em reestruturar sua asset e adotar uma postura mais participativa em renda variável. Segundo ele, os frutos colhidos agora são resultado de uma estratégia de longo prazo que começou a ser estabelecida desde 1999 e foi intensificada nos últimos qua-
tro anos.
“A gente trabalha duro para sempre trazer o melhor resultado e identificar ponto a ponto as melhores alternativas”, justifica. A preocupação de sua asset tem sido a de sempre olhar o mandato de investimento e entregar os resultados da forma mais próxima possível e mais consistente daquilo que foi confiado ao banco, sem surpreender para pior.
Dentro dessa estratégia e de modelo de gestão, a orientação tem sido a de não ficar olhando para o que está melhor ou pior e, sim, buscar a meta que cada carteira lhe deu. “O importante não é saber se meu desempenho ficou pior que o do concorrente porque o nosso foco é saber se estou entregando o target (a meta estabelecida)”.
Para isso, acrescenta Ferraz, é preciso usar bem o orçamento e entender o mercado no qual se está atuando dentro de um segmento de riscos. Nessa lógica, se a aplicação feita se mostrar mal num trimestre, não vai tentar se recuperar isso por meio da triplicação do risco no seguinte. Ou fazer o oposto, se o desempenho for positivo. “A gente sempre fala que está no mercado para ficar vinte, trinta anos, com consistência e muito foco”. Nesse aspecto, é importante o preparo da equipe. “Temos um time muito bom, que sabe utilizar com eficiência as ferramentas disponíveis”.
O BankBoston se destacou nos seguintes fundos: FIC de FI Boston Private Refer DI, FIC de Boston Icarus DI Refer DI, FIC Boston Inst Credit Fix Renda Fixa, Boston Golden Inflation Index FAQ, FI Boston Medium Term Fix Renda Fixa, FIC Boston Medium Term Maxi Fix Renda Fixa, FIC Boston Short Term Maxi Fix Renda Fixa, Boston Capital Inflation Index FIF, FI Boston Portfolio Multi, Small C Valuation FI em Ações, FI Boston Invest Exterior Div Ext, Mapfre Maxi Renda Fixa FIF e Metcorp.
Nesse segmento, conhecer bem o perfil de risco nem sempre significa que há garantia de êxito. Principalmente diante de fatores instáveis do mercado e da política. Mas há também outras dificuldades. Ferraz lamenta, por exemplo, o número de restrições estabelecidas pela legislação dos fundos com as quais os gestores têm de trabalhar. Ele lembra que é preciso ter um nível de eficiência muito grande de seus profissionais e, além de enxergar o resultado, faz-se necessário manter a movimentação dentro de regras que poderiam ser mais flexíveis. Isso faz, observa ele, com que o erro tenha de ser zero. Por isso, o banco tem investido em sistemas avançados de abrangência que o livre de quase todas as possibilidades de furo dos mandatos por conta da legislação do setor.