Edição 137
Passada a tormenta do ano passado, cujo episódio de marcação a mercado dos títulos levou muitos fundos de investimento, gestores e investidores ao desespero, o que temos nos primeiros seis meses deste ano é uma recuperação das perdas do ano passado. Em consequência da marcação a mercado, a indústria de fundos perdeu cerca de R$ 60 bilhões de patrimônio no ano passado. Neste ano, no acumulado do primeiro semestre do ano, cerca de um terço daquele total já foi recuperado.
A tendência é que essa recuperação prossiga, principalmente porque os fundos de investimento tem apresentado bons resultados neste ano. Estudo feito pela consultoria Risk Office com 665 fundos voltados para investidores qualificados mostra que 115 deles tiveram um desempenho excelente no acumulado de 12 meses, até 30 de junho, combinando alta rentabilidade com baixa volatilidade e portanto receberam sinal verde na nossa classificação. Outros 378 fundos receberam sinal amarelo no mesmo período, o que os caracteriza como adequados, por combinarem tanto uma alta rentabilidade com alta volatilidade quanto uma baixa rentabilidade com baixa volatilidade. Receberam sinal vermelho, por combinarem alta volatilidade com baixos retornos, outros 172 fundos que são considerados inadequados e portanto não figuram no nosso ranking (ver critérios na página a seguir).
Entretanto, os fundos que receberam sinais verde e amarelo no período analisado podem ter sinal vermelho em outros períodos. O estudo classifica o desempenho dos fundos em 12 meses (que usamos para fazer o ranking), 3 meses, 6 meses e 36 meses. O seu comportamento nesse período demonstra a consistência da sua gestão.
Entre os gestores de fundos, o Bradesco foi o que teve mais fundos classificados com o sinal verde. Exatos 13 fundos administrados pela Bradesco Asset Management (Bram) receberam sinal verde. O HSBC fica em segundo lugar, com 11 fundos classificados com sinal verde, e a Hedging-Griffo em terceiro, com 8 fundos excelentes. BankBoston e Itaú tiveram 7 fundos excelentes cada, e ABN AMRO, Citibank e Santander tiveram 4 fundos sinal verde cada.
Liderando o ranking – A Bram é hoje a maior gestora privada de recursos de terceiros, com uma carteira de R$ 70 bilhões, logo atrás da BB DTVM, que tem um total de cerca de R$ 90 bilhões em recursos de terceiros. Para Robert Van Dijk, presidente da Bram, a boa performance dos seus fundos deve-se à metodologia de trabalho obedecida, baseada em decisões colegiadas mas responsabilidades individuais. Isso quer dizer que toda e qualquer decisão individual dos gestores deve estar baseada nos relatórios elaborados pelas equipes e departamentos competentes.
No caso do Itaú, com R$ 60 bilhões de recursos de terceiros sob gestão, a estratégia é manter produtos específicos para cada tipo de público, entre eles os institucionais. O Itaú é o maior gestor privado de recursos de fundos de pensão, com R$ 13,1 bilhões ao final do ano passado, logo atrás da BB DTVM que tinha R$ 26 bilhões na mesma época.
CONSOLIDADO DO RANKING
Tipo de Fundo Nº de Fundos
Fundos sinal verde 115
Fundos sinal amarelo 378
Fundos sinal vermelho 172
Fundos neste ranking 493
Total de fundos analisados 665
QUEM SÃO OS MELHORES
Gestor Nº de Fundos Excelentes
Bradesco 13
HSBC 11
Hedging-Griffo 8
BankBoston 7
Itaú 7
ABN AMRO Real 4
Citibank 4
Santander Brasil 4
Banco AGF 3
BNP Paribas 3
CSAM 3
Fator 3
Santos 3
Sudameris 3
Sul América Investimentos 3
Unibanco 3
AAA Gestão de Recursos 2
BB 2
BMG Asset 2
CEF 2
Mercatto 2
Safra 2
Schroder Brasil 2
Alfa 1
Banif Primus CVC 1
BMC Asset 1
BVA 1
Concórdia 1
Credit Lyonnais 1
Elite 1
Fibra DTVM 1
Fidúcia Asset Management 1
GAP Asset Management 1
JGP 1
Mellon Brascan DTVM 1
Nobel Asset Management 1
Oryx 1
Prosper S/A CVC 1
SLW CVC 1
Sumitomo 1
Votorantim Asset 1
WestLB 1