Edição 123
O Risk Office realizou um estudo com 546 carteiras de fundos de investimento abertos voltadas a clientes institucionais. O objetivo deste estudo é apresentar ao leitor o desempenho destes fundos às diversas categorias que estão sendo analisadas (renda fixa, renda variável, pgbl e fiex). O período de análise considerado para a classificação destes fundos foi de 12 meses.
É importante ressaltarmos que existe uma diferença entre as categorias contendo fundos passivos e fundos ativos . Os fundos que investem procurando uma rentabilidade que replique a rentabilidade de um benchmark são considerados fundos passivos e os fundos que buscam uma rentabilidade superior a rentabilidade de um benchmark, são considerados fundos ativos.
Para os fundos de renda fixa ativa, a classificação foi feita mediante a aplicação da metodologia estatística denominada Análise de Agrupamento, dividindo os fundos em 5 grupos por faixas de volatilidade: volatilidade baixa (VB), volatilidade média baixa (VMB), volatilidade Média (VM), volatilidade Média Alta (VMA) e volatilidade Alta (VA).
Já para os fundos de renda fixa passivo, a divisão das categorias foi elaborada através do cálculo do EQM, medida de aderência do fundo em relação ao CDI. Isto significa que quanto mais próximo de zero este resultado mais o fundo estará replicando a rentabilidade do seu benchmark. Foram divididas em três categorias: EQM baixo (DI-EB), EQM médio (DI-EM) e EQM alto (DI-EA).
Os fundos de renda varíavel apresentam duas categorias que são comparadas ao IBX e duas categorias que são comparadas ao IBOVESPA.
Os fundos PGBL, cujo objetivo de tais é a concessão de benefício previdênciário a pessoas físicas vinculadas, ou não, a uma pessoa jurídica, foram divididos em três sub-grupos: Pgbl renda fixa, Pgbl cambial e Pgbl composto.
Para os fundos da categoria PGBL Composto em que são permitidos investimentos em renda variável, o Risk Office adotou critérios levando em consideração a composição determinada por cada fundo de acordo com seu regulamento, ou seja, se o fundo mantém em sua carteira aplicações em renda variável de até 20% seu benchmark será uma carteira composta por 90% em CDI e 10% em Ibovespa.
A metodologia utilizada pela Risk Office para a classificação dos fundos analisados é a análise de Dispersão. A análise de Dispersão é uma ferramenta importantíssima e bastante empregada para a avaliação de fundos de investimento. É uma representação gráfica na qual cada fundo é representado por um ponto cuja coordenada é dada pelo valor de seu respectivo retorno e por sua volatilidade (desvio-padrão) em determinado período de análise. No quadro de dispersão, são traçadas duas linhas referente às medianas de retorno e de volatilidade, formando os quadrantes do gráfico. A mediana separa em duas partes uma série de valores dispostos em ordem crescente ou decrescente, dividindo a quantidade de dados ordenados em 50% abaixo de tal valor e 50% acima dele. Assim se um fundo se encontra acima da mediana de retorno e abaixo (à esquerda no gráfico) da mediana de volatilidade, ele se encontra no quadrante “ideal” (verde), pois obteve retorno entre os 50% melhores e sua volatilidade esteve entre 50% mais baixas. De maneira análoga, o quadrante “não desejável” (vermelho) é aquele onde estão os fundos com retorno entre os 50% mais baixos e volatilidade entre as 50% mais elevadas. Os fundos situados nos quadrantes “justos” (amarelos), como o Fundo 1 no gráfico acima, são aqueles cujos retornos foram proporcionais ao risco incorrido, ou seja, nesses quadrantes, os fundos de menor volatilidade apresentaram retorno mais baixo e os de maior volatilidade obtiveram retorno mais elevado.
As metodologias utilizadas para a análise de performance de fundos têm como única fonte de dados os valores das cotas dos fundos em questão. Para uma análise mais completa deve-se levar em consideração os ativos que compõem a carteira dos fundos. Além disso, bons resultados passados não são garantia de retornos futuros.