O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em alta de 0,52% nesta segunda-feira (8/12), aos 158.187 pontos, em um pregão marcado inicialmente por menor volatilidade política e financeira. A sinalização de recuo do senador Flávio Bolsonaro quanto a uma possível candidatura presidencial em 2026 trouxe alívio momentâneo aos investidores, contribuindo para o avanço do índice. A melhora, porém, não foi suficiente para devolver o Ibovespa aos níveis próximos do recorde histórico de fechamento.
A tranquilidade durou pouco. Perto do fim da sessão, uma nova reviravolta política voltou a pesar nos ativos: segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Flávio Bolsonaro afirmou que sua candidatura seria “irreversível” e que o sobrenome fortaleceria seu desempenho eleitoral. A mudança de tom aumentou a cautela do mercado e limitou os ganhos da Bolsa. Em dezembro, o Ibovespa ainda acumula queda de 0,56%, mas registra forte valorização de 31,51% em 2025.
Pelos mesmos motivos o dólar fechou o dia em queda de 0,20%, a R$ 5,4209. Segundo operadores, o vaivém da moeda refletiu as incertezas sobre o cenário eleitoral de 2026, ampliadas após o anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à presidência. Nos bastidores, agentes financeiros avaliam que uma eventual saída de Flávio Bolsonaro fortaleceria o nome do governador Tarcísio de Freitas, visto por parte do mercado como defensor de maior disciplina fiscal a partir de 2027, o que também ajudou a moderar a pressão sobre o câmbio.