Edição 237
Os investidores institucionais, que hoje respondem por algo em torno de 10% dos ativos sob gestão da Kondor Invest, devem ganhar participação na base de clientes da gestora com a diversificação nos investimentos provocada pela queda da taxa de juros. Hoje, a maior parte das entidades fechadas de previdência complementar que investem seus recursos com a asset tem alocações em renda variável, principalmente em um fundo de ações long only, o Kondor Equity Institucional Fia, que segue estratégia de valor e é enquadrado na Resolução número 3.792 do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Mas José Ricardo Menezes, responsável pela área de clientes institucionais da Kondor, afirma que já sente uma procura dos fundos de pensão por outros produtos da asset, como um multimercado que se encaixa, pela legislação específica das fundações, no limite de 10% fixado dentro do segmento de investimentos estruturados. “Por conta da dificuldade em atingir as metas atuariais diante da queda da taxa de juros, a conversa que eles têm tido conosco vai no sentido de incorporar mais risco às carteiras”, conta Menezes, que se juntou à Kondor há cerca de um ano justamente para estreitar a relação entre a asset e os institucionais (fundos de pensão e RPPS) e ampliar a representatividade desses investidores na base da gestora.
O executivo afirma que a participação dos institucionais no total de ativos sob os cuidados da Kondor já vem crescendo ano a ano, e a tendência é que esse movimento passe por uma aceleração por conta da migração dos fundos de pensão para estratégias mais ativas.
Histórico – Para Menezes, o bom histórico de desempenho dos produtos da casa também ajuda na hora de conquistar novos clientes institucionais. Ele detalha que, no segmento de multimercados, a Kondor trabalha basicamente com três produtos, além de fundos-espelho destinados a distribuidores. São eles: Kondor FIM, Kondor MAX e Kondor LX. O executivo explica que os três fundos seguem a mesma estratégia, sendo que o que difere um produto do outro é o grau de risco ao qual cada um é exposto. “O fundo mais recente é o LX, que conta com um nível mais elevado de risco. Mas a estratégia como um todo tem mais de cinco anos de história. E o Kondor MAX, que em termos de risco é o intermediário, nunca, no encerramento de um ano, perdeu para o CDI [Certificado de Depósito Interfinanceiro]”, aponta Menezes.
Ele acrescenta que o compromisso dos fundos é com preservação de capital e, quando há oportunidades no mercado, tentar maximizar os retornos. Incluindo os fundos-espelho dos distribuidores, o total aplicado nessa estratégia de multimercados supera os R$ 2 bilhões. Todos esses fundos são classificados dentro do limite de 10% pela CMN 3.792.
Já na área de ações, a Kondor conta principalmente com duas linhas de produtos: a do long only Kondor Equity Institucional FIA e a do Kondor Equity Total. Menezes esclarece que o Equity Total é um long and short com hedge que não necessariamente opera neutro, ou seja, pode ser direcional. O fundo é classificado como multimercado e, assim, pode receber alocações dos fundos de pensão dentro do limite de 10% estabelecido pela legislação para os multimercados que se encaixam no segmento de investimentos estruturados.
Na área de ações, a Kondor conta com mais de R$ 500 milhões sob gestão. Marcelo Faria é o responsável pela gestão de long only e Felipe Campos pelo long and short. “O fundo long only tem histórico de mais de cinco anos e vem batendo o Ibovespa em todos os exercícios fechados, com uma consistência grande em geração de alpha”, afirma Menezes. O executivo completa que o long and short é um pouco mais recente, com algo entre um ano e meio e dois anos de histórico.
Correção – Na edição passada, dos Melhores Fundos para Institucionais, a Kondor Invest aparece na tabela consolidada incorretamente com um fundo vermelho. Na verdade, a asset não tem nenhum fundo vermelho, apenas dois fundos verdes e um amarelo.