Edição 239
Para avaliar constantemente a consistência de sua prateleira de produtos e prospectar novas necessidades dos clientes, a Itajubá Investimentos realiza anualmente pesquisa junto aos investidores institucionais.
Na versão 2012, segundo o sócio Carlos Garcia, o levantamento envolveu 120 fundos de pensão e seguradoras que representam 95% dos ativos totais da indústria. “A partir da pesquisa, sempre iniciamos um processo de reavaliação de produtos: identificamos o que temos na prateleira, prospectamos produtos, analisamos os dealers por meio de extensos questionários e processos de due dilligence e estabelecemos parcerias . Todo esse processo leva cerca de seis meses”, conta o executivo.
A pesquisa mostrou também que não está no radar das fundações uma busca por ativos no exterior ainda neste ano. “Constatamos que agora é o momento mais propício para a gente prospectar e avaliar novos produtos. E não dá para fazer isso no momento em que a demanda fica muito forte, porque o processo de escolha e análise exige muito tempo e energia”, ensina. Na expectativa da empresa, o aumento da demanda por investimentos diferenciados no exterior deve começar a se intensificar somente no ano que vem.
A Itajubá começou a distribuir no final do ano passado cotas de um fundo de hedge da Financial Risk Management (FRM), uma das maiores gestoras de fundos de hedge do mundo. “Um fundo que tem demonstrado correlação quase zero, ou até mesmo negativa, com bolsas e multimercados”, conta. O diferencial do produto, segundo Garcia, é o aporte em reais, o que reduz a burocracia para investir.
Para o segundo semestre, Garcia, a Itajubá vai passar a distribuir cotas de fundos diferenciados das gestores Clayton Dubilier, uma das maiores gestores de private equity do mercado, da Cooler Capital e da Panteum, tanto no Brasil quando na América Latina. A Itajubá atua na região por meio de uma parceria com a HMC e a ideia é que todos sejam fundos de fundos para investimentos em reais.