
O fundo de pensão holandês PFZW reduziu seus investimentos em fundos de ações da BlackRock devido ao histórico de votação da gestora norte-americana em questões relacionadas à sustentabilidade. A fundação reclama que a BlackRock não estaria alinhada com suas propostas nessa área, tendo reduzido o apoio às propostas ambientais e sociais nas empresas investidas de 4% em 2024 para 2% em 2025.
A BlackRock administrava uma carteira de cerca de US$ 17 bilhões para o PFZW ao final de março, que foi reduzida para um valor não especificado, informa o porta-voz do fundo de pensão, Ellen Habermehl, em entrevista à agência à Reuters.
O corte na fatia da carteira de ações da BlackRock ocorre em meio a uma ampla campanha ativista na Holanda para pressionar os grandes fundos de pensão do país a dispensar gestores que reduziram o apoio a resoluções relacionadas às mudanças climáticas.
Embora algumas empresas tenham diminuído a importância que atribuem à sustentabilidade desde a reeleição do presidente dos EUA, Donald Trump, muitos dos maiores fundos de pensão holandeses ainda a consideram a melhor abordagem a longo prazo.
“Está ficando mais difícil se alinhar com os gestores de investimentos americanos na votação”, disse um porta-voz da área de investimentos da PFZW, chamada PGGM. Segundo ele, a área ainda trabalha com gestores americanos como Acadian e MAN Numeric, que administram parte da carteira de ações listadas do PFZW.
Segundo a Reuters, um porta-voz da BlackRock afirmou em resposta à decisão da PFZW: “Os clientes da BlackRock – incluindo nossos clientes holandeses – continuam investindo por meio da BlackRock para atingir suas metas de investimento sustentável, confiando a nós a gestão de mais de US$ 1 trilhão em ativos sustentáveis em seu nome.”
O PFZW, o segundo maior fundo de pensão da Holanda, anunciou que parou de investir de forma passiva seus US$ 58 bilhões de euros em ações. A mudança resultou na venda de 2.600 empresas e na seleção de apenas 756 para investir.