Gestora recomenda aumento na gestão passiva

Edição 227

 

Estudo empírico da BlackRock mostra que, na média, os gestores brasileiros têm conseguido superar o Índice Bovespa. Tomando como base os últimos cinco anos, a asset demonstrou que os gestores nacionais conseguiram adicionar cerca de 1% de alfa ao ano em seus portfólios, em comparação com o principal indicador da Bolsa.
No entanto, grande parte dos investimentos de gestão ativa é de baixo risco, portanto com pouca chance de gerar um alfa significativo. Por isso, a asset recomenda um maior balanceamento das carteiras com a adoção de estratégias passivas. “Estamos sugerindo, basicamente, uma maior composição com índices, como forma de diminuir riscos na carteira”, diz John Pirone, responsável pelo Multi-Client Asset BlackRock Solutions (BMACS), área da gestora que desenvolve, monta e gerencia soluções de investimento de múltiplas estratégias e classes de ativos.
De acordo com o levantamento da companhia, a maior parte dos investimentos institucionais brasileiros está em gestão ativa. “Isso presume contratar gestores com habilidades de trazer o retorno sempre.
Mas é sempre uma aposta, há chances de sucesso ou falha. O que recomendamos é reduzir essa chance de falha”, argumenta.
O executivo diz ainda que já vê o aumento de estratégias ligadas a índices como uma tendência global, principalmente após a crise financeira, em que muitos gestores não conseguiram rentabilidade. “Isso também vem ocorrendo no Brasil. É um modelo que faz muito sentido para os institucionais do País.”