Edição 207
A postar no Brasil é a melhor estratégia que qualquer companhia mundial poderá ter hoje, na opinião de Axel Heitmann, Chief Executive Officer (CEO) da companhia química alemã Lanxess, que em 2007 adquiriu a Petroflex, maior produtora de borracha sintética do País. Segundo ele, o Brasil já demonstrou resistência à crise, conta com uma democracia com instituições fortes e um sistema bancário sustentável, além de ser um dos BRICs – termo criado pelo Goldman Sachs para se referir aos países emergentes Brasil, Rússia, Índia e China. Heitmann adicionou a esses fatores a recente descoberta de petróleo na área pré-sal. “O País conta ainda com uma classe média crescente”, disse, durante encontro com economistas organizado pela empresa em São Paulo.O executivo também comentou a situação da economia alemã. “A indústria alemã sofreu muito com a crise, especialmente o setor químico.A economia do país é muito dependente das exportações e, quando há queda da demanda global, sofremos mais”, afirmou. A expectativa da Lanxess é que a economia alemã se recupere gradualmente nos próximos trimestres, sendo que o ciclo de retomada deverá durar os próximos dois anos. “A China e o Brasil podem ajudar a Alemanha a sair da crise”, assinalou, completando que a indústria alemã tem papel importante no mercado brasileiro. Apesar de elogiar a economia brasileira, Heitmann ressalvou a necessidade de investimentos em infra-estrutura como fator- chave para que o País se torne mais competitivo globalmente.