Perfis de investimento e canal com participantes | A procura de c...

Edição 202

Se a crise no mercado financeiro provocou mudanças nas demandas das entidades fechadas de previdência complementar pelos serviços de consultorias atuariais, no setor de investimentos não foi diferente. Antes de os fundos de pensão buscavam maneiras de otimizar suas aplicações e, nesse novo cenário, a prioridade é fazer com que os ativos atendam minimamente às expectativas de retorno compatíveis com os fluxos futuros para os beneficiários de fundos, além de buscar maneiras de melhorar a comunicação com os participantes de planos que perfis de investimento.“Na realidade, diferentemente do que compensa pensando que aconteceria com os serviços de consultoria, eles continuam sendo bastante demandados, mas por conta de toda essa situação envolvendo o cenário econômico, mundial quanto local, agora há um foco diferente”, afirma Marcus Manduca, diretor executivo de riscos financeiros da Ernst & Young. Ele conta que os trabalhos que antes eram mais centralizados em projetos especiais e que não tivessem uma implicação regulatória, como planejamento e alocação de investimentos, e que tinham por objetivo alavancar a possibilidade de gestão dos ativos, agora estão mais voltados à valorização dos investimentos, para saber como eles se comportam nessa situação de crise de liquidez e de crédito. “Hoje, até por força da regulação dos beneficiários e patrocinadores,Outra demanda que tem aparecido bastante na Ernst & Young é relacionada a serviços de desenvolvimento, redesenhamento e alinhamento do trabalho de gestão de riscos. Na opinião do diretor executivo, com isso, aqueles que não sofreram grandes perdas ou impactos podem ficar mais confortáveis ​​e dar uma satisfação aos participantes e patrocinadores de fundos, disponibilizando que está ainda melhor gerenciados. “E aqueles que já possuem esse trabalho nos têm chamado para fazer a revisão para colocar um pouco mais de rigor e atualizá-lo ao novo cenário”, diz Manduca. Com essa mudança de prioridade por parte dos fundos de pensão, uma preocupação agora é manter os ativos dentro de uma capacidade de rentabilidade compatível com o planejamento inicial da entidade. “A demanda realocou com viés de alta.Esses mesmos fundos, assim que sou mais segurança em relação à capacidade dos ativos, voltar a se preocupar com a questão de performance e rentabilidade. Hoje, eles têm que atender ao menos o que era projetado. Mas, quando a situação começa a se normalizar, a tendência é que, com o tempo, o foco volte a ser a eficiência ”, avalia.Na Towers Perrin, consultoria que presta serviços na parte de investimentos a 55 fundos de pensão, a demanda já estava em alta, mas com uma crise, principalmente no último trimestre de 2008, ela vem em duas frentes. Além dos trabalhos rotineiros de acompanhamento contínuo da gestão dos investimentos das entidades, estas têm tido uma atenção maior com a parte de comunicação com os participantes para explicar melhor todas as garantias dessa crise nos planos de previdência, especialmente naqueles que oferecem aos beneficiários perfis de investimento . “É uma demanda recente, começou em dezembro e aumentou ao longo dos meses de janeiro e fevereiro. As instituições estão procurando assessoria no âmbito da comunicação para as pessoas terem uma melhor concepção do que acontece com suas aplicações ”, conta Felinto Sernache, sócio-gerente da área de aposentadoria da Towers. Ele afirma que tem tido muita procura dos fundos de pensão, que estão alterando seus regulamentos para implantar esses perfis e criar maneiras de compartilhar mais com os participantes como decisões sobre os investimentos. “O brasileiro é, de certa forma, acostumado com uma dose de paternalismo. Porém, quando as crises acontecem, as pessoas refletem que o monitoramento da conta do individuo é uma decisão compartilhada. É um processo de amadurecimento de que a educação previdenciária é algo contínuo na vida dos fundos de pensão e na relação com os participantes. Tenho visto muitas entidades fazendo isso e é uma decisão corajosa ”, salientea Sernache. que estão alterando seus regulamentos para esses perfis de implantar e criar maneiras de compartilhar mais com os participantes como decisões sobre os investimentos. “O brasileiro é, de certa forma, acostumado com uma dose de paternalismo. Porém, quando as crises acontecem, as pessoas refletem que o monitoramento da conta do individuo é uma decisão compartilhada. É um processo de amadurecimento de que a educação previdenciária é algo contínuo na vida dos fundos de pensão e na relação com os participantes. Tenho visto muitas entidades fazendo isso e é uma decisão corajosa ”, salientea Sernache. que estão alterando seus regulamentos para esses perfis de implantar e criar maneiras de compartilhar mais com os participantes como decisões sobre os investimentos. “O brasileiro é, de certa forma, acostumado com uma dose de paternalismo. Porém, quando as crises acontecem, as pessoas refletem que o monitoramento da conta do individuo é uma decisão compartilhada. É um processo de amadurecimento de que a educação previdenciária é algo contínuo na vida dos fundos de pensão e na relação com os participantes. Tenho visto muitas entidades fazendo isso e é uma decisão corajosa ”, salientea Sernache. as pessoas refletem que o monitoramento da conta do individuo é uma decisão compartilhada. É um processo de amadurecimento de que a educação previdenciária é algo contínuo na vida dos fundos de pensão e na relação com os participantes. Tenho visto muitas entidades fazendo isso e é uma decisão corajosa ”, salientea Sernache. as pessoas refletem que o monitoramento da conta do individuo é uma decisão compartilhada. É um processo de amadurecimento de que a educação previdenciária é algo contínuo na vida dos fundos de pensão e na relação com os participantes. Tenho visto muitas entidades fazendo isso e é uma decisão corajosa ”, salientea Sernache.
Juro baixo e fusão de bancos – Outra empresa que sentiu o crescimento da procura das fundações é a Mercer que, com 69 clientes fundos de pensão na área de consultoria de investimentos, ganhou novas entidades para seu portfólio nos últimos meses. Um dos trabalhos diz respeito ao monitoramento de investimentos, e outras duas contrataram a firma para fazer seleção de gestores, mas por motivos diferentes. Uma delas é em razão do crescimento do fundo, e a outra é em decorrência da fusão das assets de Unibanco e Itaú. A instituição era cliente das duas, mas com a união, acabou ficando com um gestor a menos, e agora está à procura de um substituto. “Estamos trabalhando também em duas propostas de ALM, em duas de implementação de investimentos para os participantes, em um serviço de avaliação e imunização de fluxo de caixa de passivo, e um cliente pediu uma proposta de avaliação de desempenho”, conta Lauro Araújo, diretor da Mercer. Ele confirma a tendência de que as fundações procurem cada vez mais serviços de consultoria. “Eu acho que é uma tendência sim, até porque desses novos, pelo menos dois eu tenho certeza que não tinham nada antes. É uma necessidade recente delas. Até pela performance ruim no ano passado, elas precisam de relatórios sérios e completos para mostrar ao conselho fiscal e para os participantes que foi uma situação de todo o mercado. De toda maneira, está sendo um ano bom para nós”, diz.Segundo Leandro Andrade, gerente comercial da Luz Engenharia Financeira, que tem 60 entidades como clientes, a demanda está sempre crescendo, mesmo quando as expectativas apontam o contrário. “Esperávamos uma retração, mas houve um aquecimento da procura, até pelo atual momento de mercado, da taxa de juros mais baixa e pelas adequações que eles vão ter que fazer para conseguir bater suas metas atuariais”, afirma Andrade. Cecília Harumi, diretora de clientes institucionais da consultoria, conta que os trabalhos mais procurados pelas fundações são para os processos de seleção e avaliação de gestores. “Isso se deve principalmente às fusões que tem acontecido no mercado de assets e bancos e também são pedidos com o objetivo de otimizar custos”, explica. A empresa começou, no início de março deste ano, uma due dilligence em 25 gestoras, independentes ou não, para avaliar seus processos, suas políticas, a gestão de risco e formar um banco de dados dessas assets. De acordo com Andrade, o processo deve ser finalizado em abril.Para Marcelo Rabbat, diretor comercial da RiskOffice, que possui 140 fundos de pensão em sua carteira, a atual crise se apresenta de maneira diferente das anteriores. Em outras turbulências que atingiram o mercado financeiro, como a da Rússia, da Ásia, e a da desvalorização cambial em 1999, apesar das quedas nos portfólios dos investidores, eles tinham para onde recorrer: a taxa de juros em patamares altíssimos. “Dessa vez, os juros estão apontando para baixo. A nossa previsão é que a taxa nominal termine em torno de 9% ao ano e a diferença, crucial para a consultoria, é que está havendo uma reação dos institucionais no sentido de não olhar mais somente para a taxa de juros, que era o conforto deles no pós-crise e que não existe mais”, analisa Rabbat, que está otimista com relação ao crescimento da demanda dos fundos de pensão. Com a perspectiva de uma taxa de juros real abaixo de 6% ao ano, vão começar a surgir questionamentos por parte dos participantes sobre qual será a resposta da fundação em um cenário tal como começa a se apresentar. “As instituições estão revendo suas metas de ALM, tendo havido um aumento na procura por esse tipo de serviço, e muitas estão atentas a isso porque com as taxas de curto prazo baixas, elas vão ter que, na verdade, olhar investimentos de longo prazo, visando cumprir seus compromissos”, conta o diretor comercial da RiskOffice. Os dois trabalhos mais importantes realizados pela empresa são o de monitoramento e montagem de ativos e passivos, e o gerenciamento de risco e monitoramento das carteiras dos portfólios abertos.Everaldo França, diretor da PPS Portfólio Performance, acredita que a confiança está muito comprometida no exterior, e isso acaba gerando um desconforto aqui no Brasil também. “Certas verdades absolutas caíram por terra, nós vimos que fortalezas inexpugnáveis se quebraram, bancos considerados sólidos lá fora já não têm mais aquela solidez. Por isso vemos uma demanda maior de clientes antigos e novas fundações também estão nos procurando”, afirma.Ele acrescenta que, em função da mudança de cenário econômico, é preciso fazer um novo estudo de ALM e reavaliar a política de investimento e gerenciamento de risco, além dos critérios para seleção de gestores. “A crise trouxe novas necessidades às fundações”, constata. A PPS, que acaba de completar 12 anos, desenvolvido o primeiro software de avaliação de fundos, em 1996. “Estamos aumentados nossa equipe: hoje são 16 pessoas e há um ano eram 13”, completa França.