Edição 148
A asset do ABN Amro está de cara nova, com a definição de três novas diretorias que passam a funcionar sob o mesmo guarda-chuva, comandado por Luiz Eduardo Maia, mas com uma integração maior à matriz do grupo em Amsterdã (Holanda). O objetivo da mudança seria permitir uma maior integração dessas áreas com as suas congêneres dos outros países, que passaram a adotar estrutura semelhante.
Com o novo desenho, a asset fica dividida nas seguintes diretorias: varejo e private banking (englobando a distribuição dos fundos do ABN por terceiros), sob o comando de Cipriano Camargo; produtos, sob o comando de Elizabete Lerner; e institucionais e corporate, sob o comando de Rodrigo Cezar Pereira.
Com a adoção da mesma estrutura no mundo todo, fica mais fácil à matriz em Amsterdã ajudar na definição de produtos e estruturas de vendas, o que é o principal objetivo do modelo. O comando operacional das áreas, entretanto, continua nas mãos de Maia.
“Essa mudança aumenta a visibilidade das unidades de negócios e a sinergia com ações globais da instituição”, afirma Rodrigo Cezar Pereira. Hoje, a asset do ABN tem sob sua gestão um patrimônio de R$ 26,5 bilhões. Desse total, R$ 4,5 bilhões são recursos captados junto ao segmento institucional.
O novo diretor da área de institucionais da asset pretende dar prosseguimento ao trabalho que já vem sendo desenvolvido na casa, que conferiu boa performance aos produtos da instituição e o Triple “A” concedido, no ano passado, pela SR Rating. Também neste ano, deve ser consolidado o trabalho de integração dos profissionais – gestores, analistas e área comercial – advindos do Sudameris, comprado pelo ABN Amro em outubro do ano passado. A asset foi a primeira célula a fazer esta incorporação – que levou para seus portfólios cerca de R$ 8 bilhões em recursos sob gestão.
Outro setor no qual Pereira pretende investir é na parceria com entidades públicas, principalmente no que se refere à gestão de patrimônio dos institutos de previdência, atualmente estimado em R$ 13 bilhões pela Secretaria de Previdência Social (SPS). Hoje, a asset administra cerca de R$ 300 milhões em recursos de institutos de previdência municipais.
O executivo aguarda a análise, no Conselho Monetário Nacional (CMN), da proposta enviada pela SPS em abril para substituir a Resolução 2.652, de 1999, com as novas regras de investimento para os institutos municipais. O texto não faz menção sobre quem estaria autorizado a prestar o serviço de gestão: se apenas os bancos oficiais ou se toda a rede bancária brasileira. Se os não-oficiais ficarem de fora, isto poderá causar um verdadeiro furor na indústria.