Edição 146
Quando comercializou as cotas do fundo imobiliário Almirante Barroso, em 2003, a Caixa Econômica Federal (CEF) permitiu que apenas os correntistas participassem do investimento – na época, com aplicação inicial de R$ 1 mil, o objetivo era popularizar o produto ao segmento de varejo, ponto forte do banco.
A partir de junho, quando começa a comercializar cotas do fundo imobiliário Torre Almirante, pertencente à incorporadora Hines do Brasil, a instituição criou uma forma de facilitar ainda mais o acesso de pequenos investidores ao produto. A parceria com um pool de nove corretoras vai permitir que os não-correntistas também comprem cotas. Para os que já possuem conta corrente na instituição, a novidade é que a entrada no fundo poderá ser feita também por meio da internet e não apenas nas agências bancárias.
Grandes coincidências envolvem os dois projetos, a começar pelo nome. Ambos usam a palavra Almirante, que refere-se ao endereço onde estão localizados, a avenida Almirante Barroso, no centro da capital fluminense. O aporte inicial também será de R$ 1 mil, mas para Alexandre Parisi, superintendente nacional de mercados de capitais da Caixa, embora este último empreendimento tenha forte apelo junto ao varejo, é uma excelente opção também para grandes investidores.
O projeto do Torre Almirante é tido como um dos mais modernos do Rio de Janeiro. Segundo Parisi, o fundo corresponderá a 40% do empreendimento total e terá patrimônio de R$ 104,7 milhões. “Seria imprudente lançar um produto como este com um volume maior”, afirma o executivo. Os 60% restantes ficarão com a Hines, que poderá, posteriormente, voltar a mercado e oferecer mais cotas. O administrador do fundo será a Ourinvest.
Ainda este ano, a Caixa vai administrar um fundo imobiliário que está sendo preparado pelo Banco do Brasil (BB). A documentação do produto está em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, apenas depois do parecer da autarquia, a instituição poderá divulgar o formato da carteira e a qual empreendimento se refere.
Correção – Ao contrário do que foi informado na última edição da Investidor Institucional (nº 145), a Caixa não apresentou taxas de administração dez vezes maiores que as apresentadas pelos vencedores da licitação que escolheu os administradores do patrimônio dos fundos de pensão sob intervenção, ocorrida em 2001. De acordo com a instituição, a Caixa ficou em quarto lugar na concorrência, atrás apenas dos três escolhidos – Itaú, HSBC e BNP –, que ofereceram taxas de 0,1% (renda fixa) e 0,2% (renda variável).