Jundiaí planeja corte no número de gestores | Regime próprio revi...

Eudis UrbanoDivisao de carteira do Iprejun em 2012

Edição 246

 

Com nova direção em 2013, o instituto de previdência de Jundiaí (Ipre-jun), localizado no estado de São Paulo, está promovendo uma revisão das carteiras de investimentos que totalizam cerca de R$ 800 milhões. A ideia é reduzir a pulverização das aplicações que estão espalhadas atualmente em quase 50 fundos de investimentos de 26 assets diferentes.

O novo presidente do instituto, Eudis Urbano dos Santos, pretende dispensar nove gestores do portfólio de investimentos da entidade, através do resgate de recursos dos fundos com pior desempenho. Em compensação, o regime próprio deve selecionar novos fundos com estratégias mais ativas, de preferência de gestores independentes.

A carteira que hoje conta com instituições como Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica, HSBC, Banco Daycoval, Banco Rural e Quest Investimentos, quer reduzir de 26 para 15 o número de contratadas. “Vamos continuar com os grandes do mercado, mas iremos rever o desempenho de alguns gestores. Queremos os melhores estrategistas para cada classe de ativos”, diz Santos. Segundo o executivo, o alto grau de pulverização atual dos investimentos da casa impossibilita estratégias ágeis e dificulta o acompanhamento dos ativos por parte da própria diretoria.

Ele explica que será preciso acertar algumas prioridades para nortear as alocações da instituição que, de acordo com ele, foram realizadas de maneira bastante conservadora, o que pode atrapalhar a superação da meta atuarial deste ano. A estimativa é que o volume de recursos em renda variável cresça dos atuais 18% para a máxima permitida pelo segmento de 30% em um período entre 12 e 24 meses.

Descorrelacionados – O novo plano irá priorizar investimentos em participações e índices descorrelacionados ao Ibovespa (small caps, de valor e dividendos), por conta do desempenho menos promissor da bolsa. Na categoria de renda fixa, o foco será o alongamento dos títulos acordados anteriormente, os fundos CDI [Certificado de Depósito Interbancário] e FIDCs [Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios] e a adoção da indexação de ativos à família IMA (IRFM e IMA-B).

A condução desta fase de renovações, que deve se estender ao longo deste ano, é comandada pelo diretor administrativo financeiro da casa, André Rocha Marinho, com o auxílio de um assistente recém-contratado para a área de investimentos, ambos novos no RPPS. Como critério de seleção das assets que continuarão na casa estão aspectos como nível de rentabilidade das estratégias, menor risco e oscilação do produto, além de reconhecimento do gestor no mercado. Ao mesmo tempo, o instituto pode transferir os recursos para cinco novos fundos de gestores independentes.

Indicado pelo prefeito recém-eleito Pedro Bigardi (PCdoB), Santos atuou por 29 anos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para sua equipe, ele contratou cinco pessoas, entre eles diretores e assessores técnicos.