Edição 222
O Grupo Icatu irá utilizar seu expertise na gestão dos recursos próprios para atuar como gestor de fundos de fundos para entidades fechadas de previdência complementar. A empresa, que já vinha fazendo isso ainda como um projeto-piloto desde junho, deve aprofundar esse processo.
A Icatu Gestão Patrimonial será a responsável por essa gestão.
Atualmente, a empresa conta com patrimônio sob gestão de R$ 50 milhões, com recursos do grupo respondendo por cerca de 80% do total e investidores institucionais, 20%. Segundo o diretor de investimentos do Icatu Gestão Patrimonial, Gustavo Castro, com a abertura para gestão de terceiros há um grande potencial de expansão. “A tendência é que haja uma maior estabilização nos recursos da holding, com crescimento menos acelerado, enquanto os institucionais devem ter maior avanço, com uma velocidade de captação maior.” Atualmente, o Icatu trabalha apenas com um fundo, Icatu Multigestores Estruturados FIC de FIM. “Por meio desse veículo, alocamos em oito multimercados diferentes. Há também a possibilidade de fazermos fundos exclusivos”, diz. Segundo ele, o fundo de fundos é uma forma eficiente de capturar bons retornos e mitigar riscos, com um portfólio diversificado entre os melhores fundos do mercado. A Icatu Gestão Patrimonial irá trabalhar em parceria com a Itajubá Investimentos, empresa dedicada à distribuição de produtos para fundos de pensão.
Para Castro, o potencial do projeto é de trabalhar com aproximadamente 40 veículos de investimento diferentes. “Montamos uma equipe de sêniores para essa operação e não queremos crescer demais, a um ponto que nos obrigue delegar. É claro que isso também restringe nosso crescimento.” Por essa restrição, o executivo coloca como limite de patrimônio sob gestão algo em torno de R$ 1 bilhão.
Castro ressalta ainda que chegar a esse potencial limite irá depender de disponibilidade de fundos para alocação e de liquidez do mercado. “Esse é um mercado novo, não sabemos qual será a velocidade do crescimento.
Estamos bastante otimistas com a indústria.”