Edição 216
Maior regime próprio de previdência do País, o RioPrevidência publicou, no final de maio, um balanço consolidado que foi resultado de um longo trabalho realizado em conjunto com a auditoria Martinelli. É a primeira vez em quatro anos que a entidade divulga abertamente as informações atualizadas e ajustadas tanto de seu patrimônio quanto do passivo atuarial. “O trabalho é inédito porque é a primeira vez que conseguimos consolidar as informações dos servidores dos Três Poderes, o que permitiu explicitar o tamanho real do déficit atuarial”, explica Wilson Risolia, presidente do RioPrevidência.
O déficit estimado em R$ 33 bilhões em 2006 foi recalculado e saltou para R$ 50,3 bilhões. “Antes o cálculo atuarial era uma obra de ficção que não permitia o planejamento adequado para administrar o fundo”, diz Risolia.
Por outro lado, os ativos financeiros também foram reprecificados, com variação positiva em alguns segmentos. Os royalties do petróleo, por exemplo, saltaram de R$ 36 bilhões para R$ 45 bilhões com a atualização de dados da exploração dos campos petrolíferos e do câmbio. “O balanço consolidado é uma ferramenta fundamental para a próxima gestão”, indica o presidente, que já prepara a transição devido ao encerramento no final do ano do mandato do governo estadual, que deve provocar mudanças na direção do RioPrevidência.