Edição 201
Apesar de, no caso específico da Towers Perrin, não ter sido solicitada até agora nenhuma suspensão nos trabalhos dos planos a serem implementados, não dá para negar que o mercado está passando por uma retração. A afirmação é de Roberto Donke, consultor sócio da área de previdência da Towers. “Nós temos alguns clientes que nos contrataram para desenvolver planos fechados de previdência complementar e, pelo menos até agora, nenhum deles nos solicitou o adiamento. Nós continuamos os trabalhos e a Towers vai ter, sim, alguns planos sendo implementados este ano. Mas não posso colocar isso como um movimento de mercado. São casos isolados”, afirma.
Deixando claro que se trata de uma estimativa, Donke diz que ao longo de 2009 a Towers auxiliaria as empresas na constituição de cerca de dez planos. “Mas é só uma projeção”, avisa ele, dizendo que este número refere-se a planos criados do zero. O consultor, no entanto, nota que a responsabilidade pela retração no número de novos planos sendo implementados não é só do aprofundamento da crise financeira internacional. Para ele, o fato de a maioria das empresas de maior porte já oferecer o benefício da previdência complementar aos funcionários acaba limitando, naturalmente, o surgimento de novos planos fechados. “Aquele tipo de empresa que é cliente de consultorias como a nossa, ou seja, as companhias de um porte maior, já têm esse benefício implementado e esse movimento de criação de planos já vinha em uma queda natural de dois anos para cá. Já as empresas de menor porte, que ainda não oferecem esse tipo de benefício, não têm tamanho para constituir uma entidade própria e, muitas vezes, estruturam e desenham os planos diretamente com os multipatrocinados, sem contratar os serviços de uma consultoria”, explica Donke.