Vendas de R$ 1,5 bi em 29 leilões | Bancos e varejo conseguem ven...

Edição 136

As altas taxas de juros, elevação do risco-país e indefinição sobre a guerra dos EUA contra o terrorismo não foram suficientes para abalar o mercado de leilões em 2002. Segundo dados apresentados por Pedro Mascarenhas, da consultoria Seasons, que palestrou sobre as vias de saída para desmobilização do mercado imobiliário, foram realizados um total de 29 leilões de imóveis de junho do ano passado ao mesmo mês deste ano, arrematando R$ 1,5 bilhão com a venda de 1.100 imóveis.
Para Mascarenhas, os leilões são uma forma eficiente de fazer a desmobilização. Entre as maiores empresas vendedoras do último ano estão os bancos Unibanco, Bradesco, Mercantil, Santander-Banespa, Real e Itaú, além de Lojas Americanas e C&A. O ágio médio dos 29 leilões realizados foi de 35%, lembrou ele.
“A taxa média de renda ao investidor que comprou os imóveis é de 0,93% ao mês (11,16% ao ano), garantida pelos aluguéis recebidos por agências e lojas compradas”, explica Mascarenhas . Segundo ele, há compradores para imóveis com rentabilidade nessa faixa de renda mensal, ao contrário do que imaginavam no início do processo de venda das agências bancárias em leilão. “Imaginávamos que teríamos que oferecer rentabilidade de aluguéis em torno de 14% a 15% ao ano, mas o mercado acabou aceitando bem a rentabilidade de 11% ao ano”, diz.
Ainda de acordo com ele, o mercado de leilões não foi impactado pela elevação da taxa de juros que houve durante o período pré-eleitoral. E a pressão das altas taxas atuais igualmente não resultaram em volatilidade para os investidores, afirma o consultor da Seasons, empresa que atualmente presta consultoria para a Zukerman Leilões, responsável por 61% dos leilões realizados e 64% dos imóveis leiloados.