Edição 76
A Schroder Investment Management acaba de lançar um fundo de ações de empresas ligadas à Internet voltado a investidores qualificados, especialmente fundos de pensão e seguradoras. O Schroders Internet Fund exige um investimento mínimo de R$ 250 mil e não cobra taxa de performance. A taxa de administração será inicialmente de 2% ao ano, mas decrescerá à medida que o patrimônio líquido do fundo for aumentando. Entre R$ 31 milhões e R$ 50 milhões de PL, a taxa será de 1,75%. No intevalo entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões, ela cairá para 1,5% e, a partir de R$ 100 milhões de PL, ficará em 1,25%. “Nossa meta é chegar a R$ 100 milhões no prazo de um ano”, afirmou o diretor de marketing da Schroders, Adriano Koelle.
O lançamento visa reproduzir no Brasil o sucesso alcançado pelo fundo global de tecnologia da empresa. No mercado internacional desde agosto do ano passado, o Schroder Technology Fund registra uma rentabilidade acumulada de 213%, contra 78% do Nasdaq. “Nossa idéia é transpor o nosso expertise internacional para a realidade brasileira”, afirmou o gestor dos fundos da Schroder, Carlos Roberto Scretas. “Temos know how de como construir um portfólio de tecnologia e entendemos os grandes temas e tendências.”
Na constituição inicial do fundo, serão procuradas ações de empresas que já vêm se destacando em relação à Internet, como é o caso do Bradesco, da Embratel e da Telesp Celular. O fundo também vai incorporar apostas mais heterodoxas. Este é o caso da Vale do Rio Doce, que vem desenvolvendo logística “business to bu-siness”. “Por enquanto as opções são
poucas mas, no período de dois anos, vai surgir uma necessidade mais clara de se-
paração do joio do trigo”, analisa Scretas.
Em uma segunda etapa, a Schroders pretende incorporar quotas de ações de empresas brasileiras de Internet que forem lançadas na Bolsa de Valores. Entre as possibilidades em estudo encontram-se o Universo OnLine, a Lojas Americanas, a livraria Saraiva, o portal financeiro Investshop, além dos sites Elefante e o Submarino.
Na hora dos lançamentos, a empresa conta com um trunfo estratégico: o grande volume de recursos de investidores estrangeiros que maneja no Brasil. Teoricamente, isso lhe daria maior poder de negociação junto aos operadores porque muitas aberturas de capital deverão ser realizadas simultaneamente na Bovespa e em Wall Street. A Schroders pretende assim conquistar quotas maiores de papéis e garantir um espaço significativo neste emergente segmento de fundos de Internet.