Edição 78
O Rio Previdência, fundo de previdência dos funcionários públicos do Rio de Janeiro, acaba de contratar a RPR – Rocca, Prandini&Rabbat para estabelecer parâmetros para a escolha de gestores de seus recursos. A empresa foi a vencedora de uma licitação da qual participaram 3 consultorias de investimento, e terá 120 dias para entregar o trabalho. Ele será utilizado como base técnica do edital de seleção de administradores de carteiras.
A idéia é contratar três gestores de renda fixa e outros três de renda variável, conta o presidente da entidade, Flávio Martins Rodrigues. “Toda contratação tem de ser feita por meio de licitação, por isso queremos que na parte técnica do edital habilitem-se apenas os melhores do mercado”, diz. “Por isso contratamos uma consultoria para nos ajudar”.
A Rio Previdência, entretanto, ainda não dispõe de recursos para a capitalização, porque tudo o que arrecada – cerca de R$ 180 milhões ao mês – vai para o pagamento da folha de inativos. Desse total, R$ 114 milhões provêm do acordo de antecipação de royalties da Petrobrás – de R$ 7,8 bilhões no total – que entrarão durante os próximos 15 anos. O restante são contribuições dos servidores ativos, já que a dos inativos foi contestada pelo Supremo Tribunal Federal.
Por isso, nesse momento, a contratação de gestores de renda fixa visa apenas rentabilizar o dinheiro ao longo do mês, tendo um perfil de curto prazo.
Previ-Banerj – Já os gestores de renda variável terão de aguardar a decisão da Justiça à respeito da transferência do patrimônio da extinta Previ-Banerj aos cofres da Rio Previdência. O fundo de pensão, que acumulava um déficit de cerca de R$ 4 bilhões quando foi liquidado, tinha um patrimônio que hoje monta a cerca de R$ 200 milhões, entre ações, imóveis e outros. O estado assumiu, desde 97, a folha de inativos do Banerj, mas a transferência dos ativos do fundo ainda está pendente.