Rigesa adere a fundo multipatrocinado do Credibanco | Dos cerca d...

Edição 69

A Rigesa, empresa fabricante de embalagens de papelão da região de Valinhos (SP), aderiu em outubro passado ao fundo multipatrocinado do Credibanco, chamado Múltipla. Controlada pelo grupo multinacional West Vaco, a Rigesa possui cerca de 2.000 funcionários, dos quais 85% aderiram ao novo plano.
O plano da Rigesa inovou, ao oferecer aos funcionários que ganham abaixo do teto coberto pela Previdência Social a possibilidade de ingressarem em um multipatrocinado. O índice de adesão desses funcionários surpreendeu, pois cerca de 80% deles aderiram. Para o diretor de relações com patrocinadores do Múltipla, Roberto Ludovico, isso demonstra que mesmo as faixas de salário mais baixo das empresas estão interessadas em manter um plano de previdência privada.
“Mesmo os funcionários que ganham abaixo do teto têm a percepção de que os benefícios da Previdência Social não devem suprir as suas necessidades”, diz Ludovico. Prova disso é que o fator previdenciário, aprovado no Congresso no último mês de novembro, reduz o valor das aposentadorias do INSS para quem se aposentar mais cedo (ler matéria na edição n° 66).
O plano de benefícios da Rigesa é do tipo de contribuição definida puro e os participantes podem contribuir com percentuais que variam de 1% a 6% do salário. A patrocinadora, em contrapartida, contribui com 25% a 50% do valor do aporte do funcionário ao plano, dependendo da idade do participante.
Com a adesão da Rigesa, a Múltipla passa a contar com o patrocínio de 7 grupos. O fundo multipatrocinado possui atualmente cerca de 9,5 mil participantes e acumula um patrimônio de R$ 105 milhões, segundo dados do final de novembro último.

Perfil cambial – O Múltipla está dando aos participantes, a partir deste mês de dezembro, uma nova modalidade de perfil de risco, o risco indexado ao câmbio. Esse novo perfil vem juntar-se aos outros três perfis que já existiam (conservador, moderado e agressivo) e a um quinto que também está sendo criado, o superconservador. A partir deste mês os participantes podem optar por qualquer dos cinco perfis de risco.
O perfil cambial será composto por títulos públicos que acompanham a variação do dólar, e o superconservador exclusivamente por títulos de renda fixa. Os três outros, como já faziam, continuam aplicando em renda fixa e renda variável, em diferentes proporções.
Para Ludovico, o novo perfil cambial deve apresentar alta volatilidade em relação ao câmbio em reais, mas funcionará como uma renda fixa em função do dólar. A expectativa é que a adesão ao novo perfil seja pequena em função do ineditismo dessa opção para os participantes do fundo. “Quem optar pelo perfil cambial deve esperar grandes oscilações em relação a outros tipos de aplicações, como a renda fixa e a renda variável”, diz.
Com esta iniciativa, o fundo multipatrocinado do Credibanco segue a tendência do mercado de PGBL. Nos últimos meses, algumas seguradoras começaram a comercializar planos atrelados a fundos cambiais. A primeira foi a AGF Brasil que lançou o seu PGBL cambial, batizado de Annuity D100, em agosto último. Depois foi a vez do CCF criar o seu PGBL cambial e, no último mês de novembro, a Safra Seguradora seguiu pelo mesmo caminho (ler matéria sobre PGBL na página 20).
O PGBL também faz parte dos planos do Credibanco. A instituição estuda a constituição de uma seguradora para poder comercializar os PGBLs no mercado de previdência aberta.