Previgm já quarteriza a gestão

Edição 023

O fundo de pensão da General Motors do Brasil, PreviGM, tem três bancos fazendo a gestão dos seus ativos – CCF, Citibank e Boston. E uma quarta empresa, a UAM, que faz a quarteirização, ou seja, gerencia em nome da PreviGM a estratégia de investimento e as operações desses três gestores terceirizados.
A PreviGm está quarteirizando essa função desde janeiro de 1996. “O que nós fazemos é a consolidação da carteira de investimentos da PreviGM”, explica o gerente da conta na UAM, Rodrigo Riadi.

Depois da terceirização, a quarteirização. Esse conceito, que consiste em contratar um banco para gerenciar a estratégia de investimento dos vários administradores de ativos de um fundo de pensão, já está em funcionamento na PreviGM, a fundação da General Motors do Brasil. Desde janeiro de 1996 que o fundo da montadora quarteiriza para a UAM (Unibanco Asset Management) a coordenação da sua estratégia de investimentos terceirizados.
Três bancos fazem a administração dos ativos da PreviGM: CCF, Citibank e Boston, com respectivamente R$ 142 milhões, R$ 132 milhões e R$ 30 milhões cada, incluindo renda fixa e variável. Há, ainda, cerca de R$ 18 milhões aplicados em imóveis e outros ativos, somando R$ 322 milhões de investimentos totais. “O que nós fazemos é a consolidação dessa carteira”, explica o gerente da conta da PreviGM na UAM, Rodrigo Riadi. “Para isso, definimos a estratégia de exposição da carteira ao risco e monitoramos, mês a mês, os limites de cada administrador”.
De acordo com o diretor da PreviGM, Miguel Longo, o objetivo da quarteirização é “otimizar a relação risco/retorno do portfólio” da fundação e integrar a estratégia de investimento dos três administradores. O banco quarteirizado age como um “gerente” do processo. Segundo Riadi, várias áreas da UAM envolvem-se diretamente no processo, principalmente as de pesquisa qualitativa e macroeconômica.
A cada três meses, a UAM e a fundação da GM fazem uma reunião ordinária, na qual é traçada a macro estratégia de investimento do período seguinte. De acordo com Longo, dependendo das mudanças que possam ocorrer no cenário financeiro e macroeconômico de curto prazo, reuniões extraordinárias podem ser requeridas antes do prazo de três meses, corrigindo os rumos. “Trimestralmente, ou com maior frequência se assim for requerido, a estratégia macro é revista”, afirma. Uma vez definida, “ela é comunicada aos administradores para que seja executada”.
Além de fazerem a administração dos ativos, os bancos CCF, Citibank e Boston também fazem a liquidação e custódia das suas operações. Essa situação pode evoluir, no futuro, para um sistema de liquidação e custódia centralizado.
A operacionalização do sistema atual foi sendo ajustada aos poucos, estando hoje totalmente sincronizada, esclarece Longo. O desafio atual, ainda de acordo com ele, “é conferir ao processo a agilidade necessária à dinâmica do mercado”.
A UAM acredita que outras fundações poderão seguir o mesmo caminho que a PreviGM. “Temos um pequeno grupo de fundações que se encaixa no perfil de administração estratégica”, explica Riadi. “São fundos de pensão com mais de R$ 100 milhões terceirizados, distribuídos entre vários administradores”.