A Previ diz que desde sua subscrição inicial de R$ 180 milhões no FIP Sondas, em 2011, adotou medidas para mitigar riscos e recuperar o valor investido, conseguindo retornar integralmente o montante aportado em 2020. Além disso, nenhum de seus dirigentes ou ex-dirigentes foi multado no processo aberto pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar investimentos de entidades fechadas nesse FIP. A fundação ressalta que o valor investido no FIP Sondas era equivalente a cerca de 0,1% das reservas dos planos administrados pela Previ à época.
De acordo com a Previ, a Sete Brasil, empresa investida do FIP Sondas, decidiu em 2011 participar de nova licitação para fornecimento de sondas à Petrobras, elevando o patrimônio do fundo para R$ 7,8 bilhões. Como os estudos técnicos realizados pela fundação na época não recomendavam o aumento de exposição no investimento, ela decidiu não subscrever mais quotas do fundo. Como consequência, sua participação foi diluída ao longo do tempo, dos 9,9% originais para 2,3%, reduzindo significativamente a exposição da Entidade aos riscos associados ao investimento.
Segundo a entidade, ela prestou contas sobre esse tema em uma Comissão Parlamentar de Inquérito de 2015, fornecendo informações, documentos e depoimentos. O relatório final da Comissão reconheceu “a postura diligente e prudente da Previ ao não acompanhar os novos aportes. Ficou explícito que o valor investido pela Previ e a opção por não participar do aumento de capital foram pautados por decisões colegiadas, com rigoroso processo de análise técnica, o que foi referenciado como exemplo positivo para o setor”, cita.
A entidade diz que “reafirma seu compromisso com a gestão responsável dos recursos previdenciários, sempre em conformidade com as melhores práticas de governança e transparência e com foco na sua missão de garantir o pagamento de benefícios e prover soluções que proporcionem proteção aos associados e familiares”.