Policiais e servidores mineiros criam novo fundo | Servidores que...

Edição 131

A Coopemg, cooperativa formada por mais de 200 mil policiais civis, militares e servidores da Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, está acertando os últimos detalhes para criar um fundo instituído. O PrevCoop, já encaminhado à Secretaria de Previdência Complementar (SPC) para aprovação, deve reunir cooperativados que contribuem tanto para o Instituto de Previdência dos Servidores Militares quanto para o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais. Segundo Leonardo Cordeiro, diretor da consultoria Standard, que auxilia o grupo na criação do sistema, a expectativa é de ter, no primeiro ano de funcionamento, 10 mil adesões.
Apesar de parecer sem função para os servidores públicos, que se aposentam recebendo a integralidade do salário da ativa, o fundo de instituidor da Coopemg surge num momento em que se debate o sistema previdenciário brasileiro e a possível perda desse benefício integral. Segundo o diretor presidente da cooperativa e do Conselho Deliberativo da PrevCoop, Elias Gomes da Costa, a justificativa para a instituição do fundo é o fato que possivelmente a reforma da Previdência vai trazer mudanças na forma de pagamento dos futuros servidores. “Sem uma reforma, ia chegar um momento em que o Estado não iria mais suportar a carga da previdência”, diz Costa.
Para a idéia do fundo ser bem recebida, contudo, continua ele, seria preciso criar uma cultura da previdência complementar junto ao setor. Se for aprovado antes da reforma da Previdência, o fundo, ao invés de ser de complementação, teria uma natureza de suplementação.
Para atingir o maior número de policiais, bombeiros e professores da rede pública, a cooperativa quer fixar um percentual de contribuição baixo. “Pensamos em um mínimo próximo a R$ 25”, revelou o diretor da Standard, Leonardo Cordeiro. O valor modesto, segundo ele, seria um incentivo para compensar o fato que, em um fundo de instituidor, ao contrário de um fundo de pensão, não pode haver a contribuição patronal. Essa regra, entretanto, pode ser revista pelo atual governo.
Por enquanto, parece que a estratégia para atrair os servidores está dando certo. Até agora, a lista de servidores interessados em participar do fundo conta com 7 mil inscritos, número suficiente para dar início ao sistema. A SPC exige um mínimo de 500 adesões.