Edição 117
A Secretaria de Previdência Complementar (SPC) está prestes a anunciar um levantamento com 342 fundações, com os desempenhos médios dos seus investimentos nos anos de 1999, 2000 e 2001. Em uma entrevista coletiva à imprensa, o ministro da Previdência Social, José Cechin, e o titular da Secretaria, José Roberto Savóia,
adiantaram que no triênio grande parte das fundações bateu a média atuarial.
Na avaliação, eles lembraram que em 2000 e 2001 o desempenho da bolsa ficou negativo em 10% e 11%, respectivamente, impactando negativamente a rentabilidade das fundações. Entretanto, como a rentabilidade das bolsas foi acima de 150% em 1999, a média do triênio acabou sendo favorecida. No acumulado de três anos, a rentabilidade nominal das fundações é de 68,60%.
Se considerado o IGP-DI como base para cálculo da meta atuarial dos três últimos anos, a meta acumulada nos três últimos anos foi de 69,8%. Considerando-se o IPC-Fipe, a meta acumulada atinge 43,1%.
Nova análise – O secretário Savóia anunciou a elaboração de uma nova metodologia de cálculo de rentabilidade já para o início do segundo semestre, desta vez comparando os balanços do últimos três anos de cada fundação e classificando-as conforme o seu perfil de investimento, a saber, alto risco, médio risco, baixo risco e carteiras sem exposição a risco, ou seja, compostas essencialmente de títulos públicos. A intenção é criar uma única fórmula para todas as entidades que permita avaliar e comparar o desempenho dos fundos de pensão no período, o que será feito a cada três meses pela SPC.
Para 2002 a rentabilidade será calculada por cotas no DAIEA – que as fundações começam a enviar para a SPC a partir de 16 de maio – de forma a dar mais transparência para que o mercado e o participante comparem a gestão de seu fundo como um benchmark (Selic e Ibovespa) e com outras fundações. “Até hoje, cada fundo tinha um método próprio para calcular sua rentabilidade. De agora em diante o critério comum corrigirá as distorções”, assegura Savóia.