HSBC corta serviços atuariais | Banco fecha atuação no segmento e...

Mariana Mitzakoff, do HSBCSandra Santos, da BuckEdição 248

 

Com objetivo de evitar potenciais conflitos de interesse e atender às expectativas de governança apontadas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), o HSBC se prepara para deixar de prestar serviços atuariais no Brasil. Segundo a diretora de benefícios e antiga responsável pela área, Mariana Mitzakoff, a mudança ocorre também por conta de um alinhamento em relação aos principais negócios do grupo financeiro no mundo, o que não inclui a prestação de atividades semelhantes ao que era oferecido no País.

Ainda como chefe da cadeira de benefícios, Mariana irá acompanhar o processo de transição deste trabalho que envolve cerca de 50 planos vindos do HSBC Fundo de Pensão e do HSBC Instituidor Fundo Multipatrocinado. A nova companhia selecionada para assumir os contratos foi a Buck Consultants. “Convidamos para o processo seletivo as principais consultorias globais do setor e consideramos critérios como a abrangência dos trabalhos oferecidos e os aspectos financeiros das propostas”, conta a diretora que agora também coordena a área de governança da entidade, atuando principalmente com o aprimoramento das regras e práticas de transparência, gestão e controles internos, análise da segurança econômico-financeira e atuarial dos planos e no relacionamento com a Previc, assim como a supervisão das áreas envolvidas no atendimento ao órgão regulador.
A diretora da Buck, Sandra Santos, conta que a contratação é válida para 2013 e que após este período serão recomendados contrato individuais com cada ex-cliente do banco. Para ela, vencer essa concorrência representa um importante passo para a expansão da consultoria no Brasil, que está perto a completar um ano. “A seleção e as conversas começaram em setembro de 2012 e sentimos que se tratava de uma mudança estrutural da casa por envolver o executivo responsável pela área de risco da matriz da instituição”, diz. Neste sentido, Sandra destaca a participação do CEO da Buck, Mike Roberts, durante a elaboração da proposta para o HSBC e no alinhamento de que serviço seria ideal para atender às solicitações do banco. “O envolvimento de Mark garantiu a disponibilização da equipe estrangeira para auxiliar no processo de transição dos planos.”
Abordagem – Sobre outras questões que ajudaram a definir a consultoria como vencedora da seleção, o diretor de vendas, Edson Jardim, cita as considerações cuidadosas da empresa em relação a forma com que a questão da transferência seria resolvida, “pois não é simples passar a administrar a parte atuarial de um prestador de serviços já antigo”, conta. Jardim explica que quando um atuário assume o trabalho de outro é comum surgirem diferenças e complicações. “Nos preocupamos em deixar claro com trabalharíamos para garantir que até dezembro, no fechamento deste processo, tudo estaria resolvido sem muitas discrepâncias, pois trata-se de um trabalho complexo.”
Seis profissionais estão trabalhando no projeto do HSBC e contam com auxílio de mais dois atuários norte-americanos especializados em gestões de transferência de planos. Hoje a Buck conta com 15 clientes fixos, de avaliação atuarial são aproximadamente 40 planos, sem contar as novas 50 avaliações que estão vindo do HSBC. Sua área de administração para fundos de pensão é composta por 55 pessoas, no total, eles fazem a gestão de passivo de 30 fundações, entre elas a Fundação Cesp que conta com patrocinadores como Companhia Energética de São Paulo (Eletropaulo), Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), Bandeirante Energia, AES Tietê e Duke Energy International Geração Paranapanema.