Fusesc perde patrocinadoras

Edição 129

Depois de três anos rolando uma dívida de R$ 50 milhões com o fundo de pensão Fusesc, as três últimas patrocinadoras da entidade, o Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Badesc), a holding do sistema financeiro Codesc e a corretora de seguros Bescor acertam os últimos detalhes do pagamento do passivo antes de migrar para um plano tipo Contribuição Definida. As três instituições são as últimas a deixarem a Fusesc, que em junho último já tinha perdido a sua principal patrocinadora, o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) também para um CD. O atual plano BD da fundação, instituído em 1978, continuará apenas para os aposentados, pensionistas e aqueles que não quiserem migrar.
O prazo previsto para as três patrocinadoras amortizarem o passivo e iniciarem o processo de migração dos participantes para o novo plano, que vai se chamar Multi-Futuro 2, é de um mês. Pelo acordo fechado com o fundo, os R$ 50 milhões serão financiados em dez anos corrigidos pelo INPC+6%. “Quando o plano for aprovado pela Secretaria de Previdência Complementar (SPC), o que acreditamos deva ser já em janeiro, daremos início imediato à migração”, afirmou o diretor financeiro da fundação, Ayres Lopes.
A expectativa de migração é alta porque, segundo Lopes, serão oferecidos aos funcionários das três empresas os mesmos benefícios concedidos aos participantes do Besc quando este instituiu um plano de contribuição definida e conseguiu 97% de aceitação. “Aquele que fizer a opção pelo novo plano e deixar a empresa terá a vantagem de sair com uma aposentadoria proporcional; ao contrário, aquele funcionário que permanecer no BD e for embora só poderá levar 80% da reserva acumulada ou, se preferir, continuar contribuindo duplamente para o fundo de pensão, o que poucos conseguem”, explicou Lopes.
O Besc, cuja situação era parecida com a das três instituições, cobriu em junho último um passivo de R$ 370 milhões com o fundo de pensão antes de migrar para um plano tipo CD, o Multi-Futuro 1. Os recursos para isso vieram do Banco Central, após a federalização do Besc, em 1999.