Edição 126
Com 5 anos de existência e um modesto patrimônio de R$ 6 milhões, a Elba Previdência Privada, multipatrocinado de quinze empresas pertencentes ao antigo grupo alemão Mannesmann AG, será extinta. O termo de rescisão de contrato já foi assinado pelas patrocinadoras em outubro e, até o final deste mês, o pedido de extinção do fundo será encaminhado à Secretaria de Previdência Complementar (SPC).
A decisão pela extinção do plano foi tomada depois que a Mannesmann, grupo alemão que detinha mais de 200 empresas no país de origem e que no Brasil controlava quinze empresas dos setores de autopeças, siderúrgico e de telecomunicações, foi comprada há dois anos pela inglesa do segmento de telefonia móvel Vodafone. A medida acabou respingando no plano patrocinado pelas instituições representantes do ex-grupo Mannesmann no Brasil, já que as empresas do grupo começaram a ser vendidas pela controladora Vodafone e, entre as novas compradoras, figuravam multinacionais que já tinham seus próprios fundos previdenciários ou um plano aberto.
Mas, apesar do nome Elba Previdência Privada, a fundação nunca pagou benefícios previdenciários, mas apenas auxílios doença, natalidade e funeral. Segundo o diretor financeiro do fundo, Gilberto Gomes Vieira Cunha, os recursos que foram recolhidos entre 66 e 82 em nome da fundação Mannesmann, que precedeu a criação da Elba Previdência, foram repassados a esta em 1997 no que se refere aos auxílios, mas a parte de saúde permaneceu com a Fundação Mannesmann.
Segundo o coordenador geral de fiscalização da SPC, João Gonçalez, a razão para a Elba Previdência Privada estar sob o guarda-chuva da Secretaria (apesar de nunca ter concedido benefícios previdenciários) reside no fato que não há nenhum outro órgão do governo que possa abrigar entidades que concedem benefícios e auxílios a seus funcionários que não a SPC.