Funcef retoma seleção de dividendos

Marcellini MauricioEdição 243

A Funcef retomou o processo de seleção de gestores de dividendos e pretende anunciar os nomes das assets escolhidas até o final de novembro. A seleção ficou paralisada por cerca de dois meses.

Os motivos que levaram a fundação a diminuir a velocidade de seu processo de terceirização ocorreu por conta das incertezas que atingiram o mercado de ações de dividendos com o anúncio de medidas para o setor elétrico feito pelo Governo Federal. Os dois ou três escolhidos vão gerir cerca de R$ 300 milhões. “Estamos em fase final de aprovação pela diretoria da Funcef, o valor é o que já tinha sido planejado anteriormente”, revela o diretor de Investimentos da Funcef, Maurício Marcellini.

A Funcef vem adotando em 2012 uma estratégia de desindexação dos índices tradicionais e apostando em fundos de sustentabilidade, valor e dividendos. Depois de contratar os gestores para as duas primeiras carteiras, a gerência da fundação decidiu diminuir a velocidade do processo para os dividendos. Foi neste momento que veio o anúncio das medidas do setor elétrico que afetaram o desempenho dos papéis que pagam dividendos, o que retardou a contratação. Depois de avaliar os impactos das medidas em sua carteira própria, criada no início do ano, veio a decisão de retomar o processo de contratação para a carteira terceirizada. “A nossa carteira própria foi pouco impactada, apesar de o setor ter sofrido. A nossa acumula no ano um retorno de 5%, contra 0,5% do Ibovespa.”

Marcellini admite que o resultado dos papéis no segundo semestre não tem sido tão positivo, mas defende a estratégia dizendo que é preciso observar a performance em um período de tempo maior. O mais seguro, segundo ele, é levar em conta o resultado em 24 a 36 meses. “Até agosto, a gente tinha um retorno bem superior a este, o resultado de setembro e outubro teve impacto negativo. Mas a estratégia não indexada a gente busca olhar uma janela maior.”

O que já está definido é o nome dos gestores da carteira terceirizada de valor da Funcef. Franklin Templeton, BRZ, Gap e Plural vão administrar R$ 100 milhões cada um.