Fapa investe R$ 6 milhões em complexo universitário | Aluguel de...

Edição 93

Investir em educação universitária pode ser um bom negócio. Pelo menos esse é o pensamento dos dirigentes da Fapa, fundação dos empregados da Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). O fundo de pensão fechou um contrato de R$ 6 milhões com a Faculdades do Brasil, uma instituição de ensino superior privada de Curitiba, para construir um empreendimento de base imobiliária.
“A expectativa de rentabilidade do novo investimento, de 1,8% ao mês, supera a de fundos de renda fixa, que giram em torno dos rendimentos do CDI, hoje ao redor de 1,2% ao mês e com tendência de queda”, afirma o diretor financeiro da fundação, Felipe José Vidigal dos Santos. “Se as fundações não procurarem alternativas de investimento, certamente não irão conseguir atingir a meta atuarial do fundo”.
A fundação paranaense está construindo, ao lado da faculdade, em um terreno de 51 mil metros quadrados, um complexo que deverá abrigar 180 salas de aula, biblioteca e outras dependências e que deverá estar concluído em um prazo de cinco anos. Em uma primeira etapa, que vai até 30 de junho deste ano, o fundo de pensão comprometeu-se a entregar 80 salas de aula com auditório e secretaria. A área total construída ao final do projeto deverá ter cerca de 22 mil metros quadrados.
Por um contrato com duração de quinze anos, firmado no início de janeiro passado, além dos aluguéis mensais a fundação receberá uma participação na mensalidade paga pelos alunos. Já no primeiro ano, a expectativa da fundação é receber R$ 30 mil mensais referentes aos aluguéis das salas já prontas – algo em torno de R$ 460 por sala de aula.
Atualmente, 80% da carteira de investimentos da fundação, que tem um patrimônio de R$ 74 milhões, sustenta-se em operações de renda fixa, debêntures imobiliárias e empréstimos aos participantes, enquanto 20% estão em fundos de renda variável. Para não ultrapassar o atual limite de 16% da carteira investidos em empreendimentos imobiliários, a fundação freqüentemente negocia antigas aquisições. “Quando o empreendimento estiver na fase final, a expectativa é de que 12% de nosso patrimônio esteja em imóveis, percentual aceitável mesmo daqui a quatro anos.”, diz Santos.
O risco de inadimplência, hoje calculado em 4% sobre um universo de 1.100 alunos, não deverá afetar a fundação, como explica o diretor financeiro. A faculdade garante o repasse da participação com base no número de alunos matriculados no início de cada semestre, independentemente do índice de inadimplência.