Edição 113
Inconformada. Assim se encontra a Fundação CEAL de Assistência Social e Previdência, a Faceal, diante da obrigatoriedade de pagamento de Imposto de Renda, PIS e Cofins pelos fundos de pensão. “Foi um grande golpe do Governo Federal, em sua ânsia arrecadatória, penalizando aposentados e trabalhadores, que deixam de consumir seus salários no presente para ter uma melhor aposentadoria no futuro, complementando a irrisória quantia do INSS. Sobre esses valores a receber os trabalhadores já irão pagar impostos”, diz João Rodrigues de Oliveira, diretor administrativo-financeiro da Faceal e diretor nacional da Associação Nacional de Participantes de Fundos de Pensão (Anapar). Com cerca de 1,3 mil participantes e patrimônio perto de R$ 100 milhões, a fundação dos trabalhadores da Companhia Energética de Alagoas (CEAL) terá de desembolsar quase R$ 4 milhões para atender à Receita Federal. A primeira parcela, de um total de seis, foi de R$ 580 mil. “Com que objetivo o Governo faz isso? Para financiar a campanha eleitoral ou para pagar extorsivos juros aos banqueiros?”, indaga, revoltado, o diretor financeiro da Faceal.