Edição 126
A associação de ex-alunos da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) estará entrando, na primeira semana de novembro, com pedido de criação de um fundo de instituidor junto à Secretaria de Previdência Complementar (SPC). A associação dos ex-alunos representa um universo de 2.400 pessoas que se graduaram pela FGV-SP, mas o número total de ex-alunos da escola pode chegar a 95 mil se incluídos também participantes de cursos de pós-graduação, mestrado, doutorado e de programas de educação continuada.
Segundo o presidente da associação, Benedito Fernandes Duarte, embora o fundo seja direcionado aos ex-alunos da escola paulista, pode evoluir posteriormente para aceitar ex-alunos também de outras escolas. O foco do novo fundo de pensão serão todos os administradores de empresas egressos da escola paulista, mesmo aqueles que já participem de planos abertos de previdência, pois dependendo dos benefícios a serem oferecidos esses podem optar pela migração dos recursos. “Nosso diferencial será permitir uma menor contribuição mensal em comparação com os planos abertos, além de poder contar com gestores mais comprometidos com a rentabilidade de nosso fundo, diz Duarte.
A gestão dos ativos do novo fundo será feita pelo Banco Fator e a gestão dos passivos caberá à Towers Perrin. O processo de seleção dos gestores de ativos e passivos envolveu diversas entidades e acabou na escolha do Fator e da Towers, cujos principais dirigentes, por coincidência, também são ex-alunos da FGV. O presidente do Banco Fator, Walter Appel, graduou-se em administração de empresas em 1972 e o consultor sênior da Towers, Éder Carvalhaes, concluiu um MBA na escola em 1995.
Segundo Carvalhaes, os valores de contribuição ainda não foram estipulados, mas devem ficar abaixo do limite de R$ 50 imposto por bancos e seguradoras. “Como vamos oferecer um produto semelhante aos planos abertos, temos que ser competitivos. Uma menor contribuição poderá trazer uma maior adesão de participantes”, explica. Quanto à meta atuarial, o consultor completa que não será estipulado um índice de difícil alcance, já que os profissionais-alvo do plano são, em sua maioria, profissionais liberais que não terão um percentual de contribuição fixo. “Será um plano flexível, diz.
Em um segundo momento, o presidente da associação estuda abrir o fundo para as demais escolas de administração de São Paulo e, posteriormente, de todo o Brasil – que totaliza cerca de duas mil. “A idéia é instituir um fundo de pensão que englobe a classe nacional dos administradores, diz Duarte. Ele espera receber o aval da SPC até o início de dezembro.