O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, anulou na última sexta-feira (15/8) todos os atos da Operação Lava-Jato contra o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. A decisão de Toffoli enfatiza a troca de mensagens divulgadas pela Vaza Jato entre o ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava-Jato, concluindo que as condenações afrontaram as garantias constitucionais.
O advogado Guilherme Gonçalves, que atuou em campanhas da ministra Gleisi Hoffmann no Paraná, já havia sido beneficiado com a anulação dos atos da Lava-Jato pelo mesmo entendimento. Os advogados de Vaccari alegaram, em seu pedido de anulação, que seu cliente estava na mesma situação processual.
“As condutas do então juiz Sergio Moro, bem como do ex-procurador da República Deltan Dallagnol, macularam todos os processos dos quais participaram, sendo mais do que razoável admitir que o ex-juiz atuou com interesses particulares que nada tem com que nada tem com a retidão, isenção e legalidade que se espera de um magistrado”, sustentou a defesa do ex-tesoureiro.
Toffoli julgou procedente os argumentos. Ele viu nulidades nos atos processuais praticados por Moro e pelos procuradores em desfavor de João Vaccari Neto. O ministro citou a primeira sentença sobre a questão.