CCF contrata rating para PGBL | Administradora contrata a Fitch I...

Edição 77

Depois de inovar ao contratar o primeiro rating para um fundo de pensão multipatrocinado, em outubro do ano passado, o CCF resolveu repetir a dose em relação a outro produto de previdência, o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). O grupo CCF contratou a Fitch IBCA para realizar a classificação de risco dos seus quatro fundos do tipo PGBL, que receberam da agência o rating AAA(bra), nota máxima em relação à qualidade dos seus ativos.
Por serem produtos com fortes características financeiras, os fundos do tipo PGBL disputam clientes com base na rentabilidade apresentada diariamente na imprensa. Com carência de 60 dias, o participante do PGBL pode trocar de operadora após esse prazo mínimo, caso não esteja satisfeito com a gestão do fundo.
“Como a concorrência está cada vez mais acirrada, a contratação do rating é um diferencial para atrair novos clientes e cativar os atuais”, diz Maurício Ferreira, diretor de previdência privada da CCF Seguros. Segundo ele, o rating permite ao investidor verificar a qualidade e a volatilidade do fundo, aumentando o grau de transparência do produto.
Segundo Rafael Guedes, diretor da Fitch IBCA no Brasil, os PGBLs do CCF investem predominantemente em títulos do governo federal, adquiridos tanto no mercado primário como no mercado secundário. A diferença entre os quatro fundos aparece na classificação de volatilidade. O CCF Future Renda Fixa, composto por 100% de ativos de renda fixa, ficou com a nota V1(bra), que indica o menor nível possível de volatilidade em uma escala que pode variar até V10. O Future Cambial e o Future Composto Moderado receberam V6(bra), enquanto o CCF Future Composto Dinâmico recebeu V7(bra).
O nível V6 dos fundos CCF Future Composto Moderado e Dinâmico é resultado de poderem carregar até 35% e 49% do seus ativos, respectivamente, em renda variável. Já o Future Cambial, que investe exclusivamente em ativos indexados ao dólar americano, recebeu V6 porque pode combinar variabilidade reduzida na maior parte do tempo com moderada em curtos períodos, explica Rafael Guedes.
Por serem fundos de PGBL, com prazos mais longos em relação a outros fundos de investimento, a escala de classificação de volatilidade mais comum varia de V5 a V10. Isso ocorre porque a maioria, com exceção dos fundos de PGBL com 100% dos ativos em renda fixa, apresentam concentração de papéis de renda variável. “Para fundos com características previdenciárias, é normal que a classificação de risco supere o grau V5, porque o horizonte de utilização dos recursos é de longo prazo”, afirma o diretor da Fitch IBCA.