BB Previdência traça plano de negócios | Objetivo é crescer 30% a...

Edição 234

 

Com o ingresso de dois novos planos em sua carteira de clientes, a BB Previdência encerrou o ano passado com patrimônio superior a R$ 1,7 bilhão, o que indica um crescimento de 34% em relação a 2010. Agora, a ideia é manter o crescimento na casa dos 30% ao ano nos próximos cinco anos, chegando a uma posição de destaque no mercado de multipatrocinados.

A entidade alcançou em 2011 mais de 60 mil participantes ativos em 42 planos de benefícios estruturados por 48 patrocinadores e dois instituidores. De acordo com Janio Endo Macedo, diretor presidente da BB Previdência, os dois planos conquistados pela entidade no ano passado eram anteriormente administrados por fundações próprias das empresas patrocinadoras. “Elas chegaram à conclusão de que seriam melhor terceirizar a gestão do plano de benefícios e fizeram uma cotação no mercado. Nós acabamos sendo escolhidos”, conta o executivo. Os dois planos agregaram cerca de R$ 250 milhões ao patrimônio da BB Previdência no total.

No momento, segundo Macedo, a entidade tem um pipeline de 17 propostas encaminhadas a patrocinadoras. Essas propostas podem vir a se traduzir em planos conquistados pela entidade. “Não sabemos quanto tempo a conclusão desses negócios podem demorar”, ressalva Macedo, ao acrescentar que, do total, três propostas se referem a novos fundos de pensão, criados do zero. “Está aumentando o interesse das empresas que têm uma fundação própria para administrar o plano de benefícios em terceirizar esse trabalho, mas outras também estão começando a estruturar fundos de previdência fechada. Só que uma decisão dessas não é tomada de uma hora para outra. Fora que, quando mandamos a proposta, outros competidores do mercado também estão enviados as suas para cotação. Muitas vezes se leva de um a dois anos para fechar negócio”, detalha o executivo.

Macedo revela que a maioria das empresas clientes da BB Previdência são de médio porte. Segundo ele, empresas pequenas, assim como os instituidores, são segmentos promissores para a previdência complementar fechada se os custos para administração e estruturação dos planos forem reduzidos. “A previdência associativa é um nicho que deve crescer na medida em que seja possível reduzir os custos para as pessoas. É claro que tem categorias que fazem contribuições de um valor razoável – e, quanto maior for esse valor, menor fica o custo de gestão. Mas quando o valor dessa contribuição mensal começa a diminuir, o custo acaba ficando praticamente o mesmo de um plano com valor maior. Por isso que é necessário trabalhar na redução dos custos para se ampliar o leque de pessoas e empresas que podem participar de um plano de previdência complementar fechado. Esse é um grande desafio do sistema”, diz ele (leia mais na página 21).

Apoio do BB – Macedo afirma que a previsão de crescimento da BB Previdência para os próximos cinco anos é de 30% ao ano em termos de patrimônio. Ele revela que, hoje, a entidade é a quarta empresa do mercado de fundos multipatrocinados ligados a grandes grupos financeiros – atrás de HSBC, Multiprev e Itaú/Múltipla. “Fizemos um planejamento estratégico de médio prazo para que dentro de cerca de quatro ou cinco anos nós tenhamos um posicionamento mais expressivo e um market share mais significativo. A ideia é chegar à liderança desse mercado em 2016”, avisa.

Para isso, a BB Previdência contará com o apoio do Banco do Brasil.

“O banco tem uma rede de agências muito grande. Fizemos no ano passado um plano de negócios para o período de 2012 a 2016 que envolve toda essa rede. O objetivo é possamos, em função do relacionamento que o Banco do Brasil tem com os clientes, trazer novos negócios para a BB Previdência”, aponta Macedo. Ele explica que o fundo multipatrocinado será mais um serviço que o gerente de relacionamento poderá colocar à disposição dos clientes.

Grande parte das empresas do País é correntista do Banco do Brasil. Queremos ter esse produto na prateleira do Banco do Brasil, seja para a constituição de um novo plano, seja para a transferência da administração que esteja sendo feita por uma entidade própria”, indica o executivo.