Edição 83
O Banco Alfa de Investimentos captou R$ 36 milhões dos recursos que os participantes da Petros mantinham no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para aplicar no leilão das ações ordinárias da Petrobrás. O fundo de pensão fechou um acordo com o Alfa para a criação de um Fundo Mútuo de Privatização (FMP) exclusivo, que canalizou os aportes dos participantes ao leilão. A taxa de administração do fundo exclusivo foi uma das menores do mercado, de apenas 0,38%.
O conjunto dos gestores dos fundos de privatização esperavam captar cerca de R$ 3,1 bilhões do total de recursos de FGTS, porém as expectativas foram frustadas. Ao final do período de adesão, encerrado no último dia 7 de agosto, os fundos haviam captado R$ 1,6 bilhão. Já o Banco Alfa tinha a expectativa de captar cerca de R$ 40 milhões dos recursos que os participantes da Petros mantinham
no FGTS, chegando muito próximo da meta. “A baixa taxa de administração e o interesse dos funcionários da Petrobrás em comprar ações da empresa em que trabalham provocaram uma adesão acima da média do mercado”, comenta Antônio César Costa, diretor de distribuição do Banco Alfa de Investimento.
O Alfa foi escolhido pela Petros após a realização
de um processo de seleção
que envolveu mais de 30 gestores. Além do valor
da taxa de administração, também pesou na escolha do gestor a estrutura que esse colocava à disposição do processo de recebimento de adesões. De acordo com Antônio Costa, o Alfa montou um site exclusivo para atender os funcionários das empresas do grupo Petrobrás. Além disso, colocou em operação cinco lojas de investimentos em unidades da Petrobrás. Foram realizadas palestras e vídeo-conferência para divulgar a proposta de investimento, inclusive em plataformas marítimas da empresa. A Petros, por sua vez, auxiliou o Alfa na divulgação do fundo de privatização através da intranet e da internet.
O Banco Alfa montou quatro fundos de privatização para receber os recursos do FGTS. Ao todo, conseguiu captar R$ 55 milhões através de convênios com outras 13 empresas, além do grupo Petrobrás. A Embratel foi outra empresa de grande porte que contratou o banco.