Fundos fecham o ano com um lucro de 12%

Edição 7

Os fundos de pensão fecharam o ano de 1996 com um patrimônio de US$
68 bilhões

Os fundos de pensão fecharam o ano de 1996 com um patrimônio de US$
68 bilhões, o que representa um crescimento de 15,2% em relação aos
US$ 59 bilhões do ano passado. Desse crescimento, US$ 2 bilhões
representam o fluxo líquido do sistema (contribuições de patrocinadoras e
participantes menos despesas) e US$ 7 bilhões são resultados de
investimentos. Tivemos um lucro de 12% sobre os investimentos””, diz o
presidente da Associação Brasileira das Entidades fechadas de Previdência
Privada (Abrapp), Nélson Rogieri. “”Foi um ótimo ano””.
De acordo com Rogieri, a valorização das carteiras de ações das fundações
foi a principal responsável pelo lucro de 12% sobre o patrimônio. Segundo
ele, a perspectiva é que a lucratividade do setor se mantenha em 97,
apesar das restrições determinadas pelos novos limites de investimentos.
Entre os pontos que mais preocupações trouxeram à entidade, em 1996,
está a Portaria 176, que trata da contabilização das receitas e despesas
dos fundos de pensão (ver quadro na página ao lado). Ela limita os
gastos administrativos das fundações a 15% das suas receitas, o que está
trazendo “sérios problemas aos fundos”, explicou o presidente da Abrapp.
Mas, de acordo com ele, essa portaria pode mudar neste ano. Foi criada
uma comissão no Conselho de Gestão da Secretaria de Previdência
Complementar (SPC) para discutir alterações na 176. Dessa comissão
fazem parte a Abrapp (representando as fundações), o IBC
(representando os atuários), a Sest (Secretaria de Controle das Estatais) e
a própria SPC. “Existe disposição por parte das autoridades de fazer um
reexame da matéria”, garantiu Rogieri.
As reuniões dessa comissão começaram no final de 96, devendo se tornar
mais frequentes em 97. Segundo a superintendente jurídica da Abrapp,
Leda Cristina Prates Vicenzetto, “”estamos conversando com as