CCF disputa nicho de custódia global para as fundações | Corretor...

Edição 67

 

As exigências do novo Modelo de Gestão de Investimentos (MGI), que se encontra em fase de ajustes antes de entrar em vigor, junto com a busca de maior transparência e segurança estão levando os fundos de pensão a unificar a custódia de seus ativos. Percebendo o aumento da demanda desse novo nicho, as instituições financeiras estão começando a fazer foco nele. Exemplo disso é a entrada do CCF na disputa pelo mercado de custódia global das fundações, a partir do início do segundo semestre deste ano.
A CCF Brasil CTVM recebeu a habilitação da Comissão de Valores Mobiliários para atuar como custodiante em meados do ano passado. Mas foi só a partir de julho passado que ela começou a dar prioridade a distribuição deste serviço para os fundos de pensão. Desde então, já conseguiu fechar negócio com quatro entidades fechadas, das quais a Abrilprev (Grupo Abril) foi a contratação mais recente. Além dela, a corretora faz a custódia global da Previgel e de outras duas não reveladas. “Depois de passar o último ano estruturando uma área de custódia totalmente segregada da empresa de asset e do banco, agora estamos prontos para oferecer um serviço de qualidade para os fundos de pensão”, diz Oronzo Chiarella, diretor da custódia global da corretora CCF.
Com a custódia da CCF, a fundação da editora Abril pode acompanhar a composição do seu portfólio via internet, além de ter acesso ao cálculo da taxa interna de retorno dos gestores com quem trabalha. O fundo de pensão conta também com o recebimento de um arquivo contábil similar ao que deve ser enviado para a Secretaria de Previdência Complementar.
Neste arquivo, a entidade terá as informações contábeis referentes aos ativos totais administrados pelos gestores.
Porém, o principal diferencial do serviço do CCF em relação aos concorrentes, conta Chiarella, é a realização de um trabalho de análise de risco acoplado ao sistema de custódia. “Informamos nosso cliente de custódia quando a liquidação do ativo solicitada está fora dos parâmetros normais de mercado”, diz Sílvio Rocha, diretor da CCF Brasil CTVM.

Abrilprev – O fundo de pensão do grupo Abril contratou a corretora do CCF para centralizar a custódia de seus ativos no último mês de setembro. A atitude foi impulsionada pela perspectiva de mudança nas regras na gestão dos recursos das fundações. “Decidimos nos antecipar à exigência da Secretaria de Previdência Complementar que deverá exigir em breve a unificação da custódia”, afirma Lóris Fúlvio Marchetti, supervisor financeiro e de recursos humanos da Editora Abril.
A Abrilprev possui atualmente uma carteira de investimentos de aproximadamente R$ 68 milhões. Os recursos estão divididos entre três administradores: o Bozano, Simonsen, o Chase e o Unibanco Asset Management. Marchetti explica que decidiu contratar um custodiante que não coincidisse com os gestores que já administram os recursos do fundo. “Como estamos buscando maior segurança, é mais sensato contratar um custodiante diferente dos gestores que administram nossos ativos”, declara o supervisor da Editora Abril.