Dividendos aos executivos faz crescer o segmento de private

Edição 63

Itaú tem o maior volume de recursos na área, seguido pelo CCF e em
terceiro pelo Chase

O primeiro semestre foi frutífero para o setor de private bank. O banco
Itaú manteve a liderança como maior gestor de recursos de private bank
do País, segundo o ranking Top Asset, com R$ 2,466 bilhões sob gestão,
um salto significativo sobre os R$ 1,537 bilhão do segundo semestre de
98. A CCF Brain, subiu da terceira para a segunda posição, elevando sua
captação para R$ 2,106 bilhão, de R$ 1,281 bilhão no mesmo período. E o
Chase Asset Management ficou em terceiro lugar, com um crescimento
vertiginoso de R$ 323 milhões para R$ 2,055 bilhões, em parte pela
incorporação das carteiras do Patrimônio.
Entre os mais focados, a primeira colocada foi a Hedging-Griffo Asset
Management, que praticamente dobrou o volume administrado, ao saltar
de R$ 223,6 milhões para R$ 455,2 milhões.
De acordo com o diretor do Itaú Private Bank, Antônio Pedro da Costa, o
primeiro semestre costuma ser melhor que o segundo para o segmento,
por causa da distribuição de lucros e dividendos das empresas, que os
executivos costumam direcionar para aplicações no mercado
financeiro. “Apesar das dificuldades na economia, 98 ainda foi um ano
bom para as empresas”, complementa.
Ele credita o crescimento do Itaú, ainda, à crise financeira deflagrada pela
desvalorização cambial, que teria levado os investidores a procurar
instituições “associadas à solidez e segurança”. Em número de clientes, o
banco cresceu de 1,1 mil para 1,4 mil. “Os que não eram clientes, se
apressaram em fechar negócio conosco, com a crise”, diz.
Além disso, para ele, o investimento feito em recursos humanos e
tecnológicos, nos últimos dois anos, contribuíram bastante. Ao todo, o
Itaú conta com uma equipe de 50 pessoas no private bank, dos quais 30
são gerentes de contas.

Mais focados – Já a Hedging-Griffo atribui seu resultado positivo ao fato de
harmonizar as variáveis atendimento e performance. Para o diretor da
empresa, Luís Stuhlberger, o foco em private faz parte da sua estratégia,
que é buscar clientes da faixa de maior poder aquisitivo da população.
Neste ano, a base de clientes da administradora permaneceu estável, com
cerca de 1,2 mil investidores. O crescimento dos volumes ocorreu
basicamente por meio de novos aportes e valorização dos ativos. Só o
fundo Verde, um derivativo moderado, teve uma rentabilidade de
101,44% real sobre o seu patrimônio entre janeiro e julho último, e por
isso também cresceu em captação, diz Stuhlberger.
Outro destaque da empresa no semestre foi a abertura de fundos
exclusivos para alguns investidores mais abastados. “Fazemos produtos
sob medida para os nossos clientes”, conclui.