Edição 63
BB DTVM é a maior empresa do setor, mas cai a diferença em relação ao
segundo colocado
A indústria de administração de recursos de terceiros chegou a 30 de
junho último com R$ 241,07 bilhões, um crescimento de 13,7% em
relação à posição de 31 de dezembro do ano passado, quando possuia R$
212,01 bilhões sob gestão. Esses números, expressos em nossos
rankings Top Asset publicados semestralmente junho, mostram que a
despeito das crises essa indústria continua em franco crescimento.
A BB DTVM permanece como a maior administradora de recursos do país,
pela quarta vez consecutiva em nossos rankings, somando R$ 32,86
bilhões. Porém, a diferença em relação ao segundo colocado, o Bradesco,
com R$ 32,23 bilhões, é bem menor que nos rankings anteriores. No Top
Asset anterior, a BB DTVM tinha R$ 29,74 bilhões sob gestão contra R$
25,943 bilhões do Bradesco, então na terceira posição. A segunda posição
no 3º Top Asset era ocupada pela Caixa Econômica Federal, com R$
27,356 bilhões.
“Tivemos um crescimento praticamente vegetativo no primeiro semestre,
porque ficamos muito voltados para as questões internas, com a proposta
da privatização, e não atendemos os clientes como deveríamos. Mas
agora estamos com força total”, diz o superintendente da empresa,
Evandro Lopes de Oliveira. Segundo ele, até o dia 20 de agosto, a BB
DTVM já tinha captado R$ 500 milhões em recursos só de fundos de
pensão, no qual é líder, com R$ 11,829 bilhões.
No caso do Bradesco, entre os fatores que impulsionaram esse grande
crescimento estão a boa rentabilidade dos seus fundos de investimento e
a criação de uma área de gestão de recursos separada, no segundo
semestre de 98. “Com a segregação da área de administração de
recursos, passamos a ter produtos sob medida para cada tipo de cliente”,
explica o diretor do departamento de administração de fundos e carteiras
do Bradesco, Carlos Roberto Parenti.
A caixa Econômica Federal, que no ranking passado ficou na segunda
posição, passou para a quarta posição, atrás inclusive do Itaú, que ficou
em terceiro lugar com R$ R$ 26,53 bilhões sob gestão discricionária.
A análise dos números fornecidos pelos participantes permite apontar que
houve um aumento dos investimentos em fundos exclusivos, de R$ 26,37
bilhões para R$ 40,19 bilhões. Ou seja, um crescimento de 52,40%.
Também mostra que os fundos de pensão continuam ampliando a fatia
de recursos sob administração terceirizada. Em relação à posição do final
do ano passado, a de junho último representa um crescimento de 30,16%
dos recursos de fundos de pensão sob gestão de terceiros, de R$ 40,09
bilhões para R$ 52,18 bilhões.
O volume de recursos de captação externa também aumentou, de R$
10,86 bilhões para R$ 11,42 bilhões. Apesar disso, proporcionalmente ele
diminuiu, passando de representar 5,13% do total em dezembro passado
para 4,74% em junho último. Isso, porque o volume total cresceu em uma
proporção maior.