Itaú compra a parte do Bankers Trust no IBT

Edição 54

O Itaú comprou os 48% que o norte-americano Bankers Trust detinha no
IBT (Itaú Bankers Trust), associação feita entre os dois há cerca de três
anos

O Itaú comprou os 48% que o norte-americano Bankers Trust detinha no
IBT (Itaú Bankers Trust), associação feita entre os dois há cerca de três
anos. Com a compra, o Itaú passou a deter 100% dos negócios do IBT,
que na prática deixa de existir. A venda, embora já esteja certa, ainda
depende da aprovação do Banco Central.
O negócio foi feito pelo valor patrimonial da operação, que estava
próxima de R$ 60 milhões em dezembro do ano passado, ajustada às
despesas. O segundo maior banco brasileiro já está incorporando os
fundos e carteiras administradas pelo IBT à placa Itaú, desde o dia 1º de
abril.
Segundo o diretor da área de asset management do IBT, Roberto
Nishikawa, a instituição administrava R$ 220 milhões no momento da
venda. “Ficará tudo com o Itaú”, explicou Nishikawa.
A associação entre o Itaú e o Bankers Trust estava num compasso de
indefinição desde o final do ano passado, quando o Bankers foi comprado
pelo alemão Deutsche Bank. O Deutsche tem operação no Brasil quase
desde o início do século, e recentemente tomou a decisão de incrementar
sua área de administração de recursos. Esse conflito de interesses levou o
Itaú a comprar a parte do antigo sócio.
Com o fim do IBT, Nishikawa ainda não sabe o seu destino. Executivo do
Bankers Trust, com passagem anterior pelos Estados Unidos e Japão, ele
veio ao Brasil especialmente para tocar a área de asset management da
associação. “Algumas pessoas da área de asset management devem ser
aproveitados pelo Itaú, outros vão sair ao mercado”, explica. A área de
asset management tinha uma dezena de profissionais.

Administradores apostam em crescimento moderado em abril
Os administradores de recursos estão apostando que o investidor está
mais propenso a ampliar sua participação no mercado do que a se retrair.
A última pesquisa da Bolsa de Tendências de Investimento, que contou
com respostas de 63 empresas, indica que a maioria mantém a
expectativa de crescimento moderado em todas as modalidades de
captações, para o mês de abril. Segundo a pesquisa, 51% esperam
crescimento moderado para aplicações em títulos de renda fixa; 61%
esperam crescimentomoderado para fundos de renda fixa; 53% esperam
crescimento moderado do mercado de ações; e 56% esperam crescimento
moderado para os fundos de ações.
Ainda segundo a pesquisa, quase a metade das empresas apresentaram
crescimento moderados em suas captações nas quatro modalidades de
aplicações, em fevereiro.