O lado nada conservador do participante da Fundação IBM

Edição 54

Na hora de escolher o perfil do seu investimento, o participante da
Fundação IBM foi para o risco

Aumentou o número de participantes da Fundação IBM que optaram pelos
perfis de investimento com maior concentração em renda variável. O
fundo de pensão da empresa realizou o segundo processo de escolha do
perfil das aplicações das cotas no mês de março passado. “O movimento
de migração em direção às aplicações com maior exposição em bolsa foi
responsável pela duplicação das pessoas que escolheram os perfis
moderado e agressivo”, informa Geraldo Teixeira Garcia, diretor
superintendente da Fundação IBM.
O perfil moderado foi preferido por 10% dos participantes, contra 5% que
tinham optado em setembro do ano passado. O agressivo subiu de 1%
para 2%, enquanto o conservador aumentou de 29% para 40%. Na outra
ponta, o perfil superconservador, foi escolhido agora por 48% dos
participantes contra 64% do ano passado (veja quadro ao lado).
Segundo Geraldo Garcia, há dois fatores que determinam a escolha do
perfil dos investimentos: o tempo que falta para a aposentadoria e a
tolerância ao risco. Em geral, os participantes que se encontram mais
próximos da aposentadoria costumam escolher os perfis mais
conservadores para aplicar os recursos do plano. Mas às vezes esta
tendência apresenta exceções, pois a tolerância ao risco é uma
característica pessoal de cada participante.
A situação do mercado é outro importante fator que afeta a escolha do
participante. No ano passado, o participante da Fundação IBM escolheu o
perfil logo após a crise da Rússia, a qual provocou uma queda acentuada
das bolsas no mundo inteiro. Neste início de ano, a bolsa de valores
apresentou uma recuperação bastante favorável e, por isso, influenciou a
decisão do participante. Apesar disso, a volatilidade das bolsas de valores
continuam alta e isto inibe a migração de um contingente maior de
participantes rumo aos perfis mais arriscados.