Euro elimina limites nacionais

Edição 53

O economista-chefe do Deutsche Bank de Frankfurt, Werner Becker,
passou por São Paulo no início deste mês de março para fazer uma série
de palestras para empresários e banqueiros sobre a introdução do Euro na
União Européia (UE) desde o início deste ano

O economista-chefe do Deutsche Bank de Frankfurt, Werner Becker,
passou por São Paulo no início deste mês de março para fazer uma série
de palestras para empresários e banqueiros sobre a introdução do Euro na
União Européia (UE) desde o início deste ano. Em conversa com Investidor
Institucional, o economista comentou alguns reflexos provocados pela
adoção da nova moeda nos fundos de pensão e seguradoras da Europa.
Uma mudança produzida pelo Euro foi o fim das restrições que obrigavam
as seguradoras a aplicar 80% dos recursos em fundos cotados com as
moedas do país onde estavam concentrados os riscos dos negócios.
Outra restrição que caiu nos países membros da UE é a obrigatoriedade
dos investidores institucionais investirem até um certo limite do patrimônio
em ações do mercado acionário nacional. As seguradoras alemãs, por
exemplo, tinham que investir no máximo 30% dos recursos em ações de
empresas nacionais. Como as ações passam a ser cotadas em Euro, o
limite passa a valer para as ações negociadas em qualquer bolsa dos
países membros da UE.
Becker comentou também que as estratégias de investimentos dos
institucionais nos mercados de ações sofreram mudanças em virtude do
aumento da liquidez dos papéis. “Antes havia diversos mercados
pequenos com baixa liquidez e agora temos um mercado amplo com alta
liquidez”, diz. O aumento da liquidez está atraindo cada vez mais os
institucionais para a ampliação da participação na renda variável.