Mercado sem expectativas de queda acentuada

Edição 53

A pesquisa sobre tendências de investimento, feita mensalmente por
Investidor Institucional, contou nesta edição com a participação de 66
instituições financeiras

A pesquisa sobre tendências de investimento, feita mensalmente por
Investidor Institucional, contou nesta edição com a participação de 66
instituições financeiras. Entre aquelas que responderam à pesquisa,
nenhuma respondeu que espera queda acentuada no fluxo de
investimentos em março, para qualquer segmento. Expectativas de queda
moderada foram apontadas por 2% dos participantes para renda fixa e
por outros 2% para fundos de renda fixa. Nenhum apontou expectativa de
queda moderada para ações ou para fundos de ações em março.
A expectativa de estabilidade em março foi indicada por 48% dos
participantes para a renda fixa, por 19% para os fundos de renda fixa, por
31% para o mercado de ações e por 32% para os fundos de ações.
A expectativa de crescimento moderado foi apontada por 43% para renda
fixa, por 64% para fundos de renda fixa, por 65% para o mercado de
ações e por 59% para o mercado de fundos de renda variável.
A expectativa de crescimento acentuado em março foi indicada por 7% dos
que responderam à pesquisa para o mercado de renda fixa, por 16% para
o mercado de fundos de renda fixa, por 4% para o mercado de ações e
por 10% para o mercado de fundos de ações.

Congresso vota e aprova CPMF
A aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
(CPMF), no dia 17 de março último, animou o mercado. No dia seguinte à
aprovação do imposto, uma sexta-feira, o Índice da Bolsa de Valores de
São Paulo (Ibovespa) subiu 2,44% para 10.894 pontos. Como muitos
operadores já contavam com a aprovação desse imposto, que passa a
vigorar a partir do segundo semestre do ano, a alta do mercado era
previsível.
A leitura do mercado sobre a aprovação do CPMF é que o governo mostrou
capacidade de coordenação política e firmeza na condução do plano de
ajuste fiscal, o que foi bem recebido. Uma das consequências da
aprovação do novo imposto, ainda segundo operadores do mercado, é o
início da queda da cotação do dólar.