Menos escritórios vagos

Edição 53

A Previ conseguiu reduzir o nível de desocupação de seus escritórios para
4%

A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, investiu R$ 123,3 milhões na
aquisição de escritórios em 1998. A fundação, cuja carteira de escritórios já
beira R$ 1 bilhão, adquiriu os seguintes empreendimentos no ano
passado, em São Paulo: America Business Park (duas torres em
construção na Marginal Pinheiros, somando 9,8 mil metros quadrados);
Complexo Água Branca (duas torres em construção no bairro Água Branca,
somando 35 mil metros quadrados). No Rio de janeiro, a Previ comprou o
edifício Cittá America (uma torre, com 11 mil metros quadrados).
Com as aquisições de 98, a Previ chega a 113 edifícios nas cidades de
São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, representando 1,6 mil unidades de
escritórios, contabiliza o diretor de participações da fundação, Vitor Paulo
Camargo Gonçalves. De acordo com ele, o índice de vacância (escritórios
desocupados) nesses empreendimentos foi de 4% no ano passado,
considerado baixo em relação à média do mercado, que é de 12%.
Reduzir o índice de vacância estava entre as prioridades da fundação do
Banco do Brasil desde 1996. Naquele ano, o índice de vacância foi de
29%, caindo para 8,9% em 1997. Apesar de estar abaixo da média do
mercado, ainda foi considerado elevado pela fundação, que tomou
medidas para reduzí-lo. “Contratamos empresa de consultorias
imobiliárias especializadas em conseguir inquilinos. O resultado foi essa
diminuição drástica na desocupação”, diz Gonçalves.
Outra medida adotada pela Previ para manter alto o índice de ocupação
de seus escritórios foi investir na manutenção e atualização dos serviços
dos prédios, através da contratação de empresas especializadas em
gestão de condomínio. De acordo com o diretor de participações da Previ,
essas medidas elevam a rentabilidade dos investimentos na área
imobiliária, pois mantém os prédios sempre ocupados.
“Gerir um ativo imobiliário não significa somente mantê-lo locado. Um
empreendimento necessita periodicamente de atualização e renovação
tecnológicas para ser considerado moderno e alcançar valorização. As
empresas de administração tratam de preencher estas necessidades
introduzindo as melhorias que os edifícios necessitam para estar sempre
com boa ocupação”, analisa o diretor da Previ.
Segundo ele, na hora de escolher um imóvel para comprar, a fundação
inicia um estudo do local onde está situado o empreendimento. É sua
primeira medida. “Começamos o processo verificando quais investimentos
estão previstos na região e se eles não vão interferir na valorização do
imóvel”, exemplifica Gonçalves.